Xadrez

28 de maio de 2009

Ninguém fala explicitamente das suas fraquezas, e se assim o faz, é num entrelace de pensamentos, pretensões de uma expectativa futura. Não há o que dizer, ou você "quer parecer" ou você é. Então o avesso do avesso se torna apenas o avesso. As teses defendidas arduamente e com toda convicção de uma inocente criança se tornam palavras em um frágil papel, estranhamente amassado, e deixado de lado. Invariavelmente tudo soa como uma espécie de plano, muito bem arquitetado, e nunca faltou arte para isso. Por que me sobra a vontade de acreditar e me falta a realidade. Por que transborda e escoa, mas ainda assim é limpo. Por que sei e consigo ser o que quero ser. Por que os olhos são dois e milhões.


"Usar a Torre como peão definitivamente não é a melhor estratégia. A intocável Rainha esqueceu que, por uma razão, o Rei está do seu lado. O seu propósito é protegê-lo. Desta forma, em seu angustiante conflito com o Cavalo fantasma, deixou a sua missão de lado. Erro grave e quem sabe imperdoável. Aquele era apenas uma distração e veio preparado para se-lo enquanto o Bispo tinha a sua frente, desprotegido, o maior de todos. Pronto para cumprir sua ultima ordem. Ainda não é tarde, mas já houve um xeque-mate silencioso diante de um olhar. Não é tarde para um novo jogo e uma nova estratégia. Nunca será tarde*."

O Lapso

Identidade!

27 de maio de 2009



Não me julguem sem antes me conhecer, posso parecer previsível, mas se é isso que a minha imagem transmite então realmente nada em mim conseguirá entender... Sua visão limitada ignora o que há de mais importante no mundo, o implícito.

O olhar de nada irá te servir, sua cegueira na alma já não tem mais jeito e te fez me perder. Queria que tivesse outro modo de consertar e curar toda a dor a qual me fez sentir. Por que teve que ser assim?

Não sei se sou eu, se é o mundo, ou é apenas você. A insensibilidade da minha parte não irá melhorar nada, por isso reabro a ferida e me exponho mais uma vez à sua mira.
-Não atire. - lhe suplico...
Mas o poder está em suas mão, deleguei a ti minha última chance. A vida e a morte são parte desse jogo, porém, o objetivo é a felicidade ...

Rafaela N. Franco


*Demorei para fazer a primeira postagem mas acho que de agora em diante não será tão difícil continuar a expressar minha visão e minhas idéias. Me dêem uma chance para começar a falar e garanto que vou lhes cansar de tanto opinar ;)

Um Brilho...

25 de maio de 2009

Lembro daqueles programas de TV que mostram em alguns segundos o desabrochar de uma flor. Se vivesse em um mundo diferente e alguém me contasse que isso era possível, imediatamente o chamaria de louco: "Como pode algo tão lindo, algo que nenhum homem seria capaz de acompanhar, acontecer em poucos segundos?". Sim, a espera seria uma eternidade (ainda mais para aqueles que não tem paciência). Não seria possível parar no inicio e pular para o final. Toda mudança, toda evolução é valida e deve ser observada, apreciada. O quão bom seria se isso acontecesse em uma fração de segundos e a eternidade se transformaria em um bom piscar de olhos. Aconchegante até. Da memoria se extrai o inicio e o resto fica a cargo da percepção. ... sempre para melhor ... Minha testa, ora franzida, volta ao descanso. É na frente do espelho que finalmente encontro a diferença. Não é um espelho qualquer. A diferença é o normal. Nesse momento consigo formar na minha cabeça a minha própria imagem, sim, sorrindo, com uma especie de aura crescendo a minha volta a cada percepção de mudança, ganho. Um brilho mal polido.

O Lapso

Apenas gotas...

8 de maio de 2009

Gotas... um monte delas. Chuva. O que significa para mim? Nada de mais... apenas inicio do tédio, que perdurou durante uma semana e que ainda dura! O que significa para os outros? Impaciência no transito daqueles que ficaram horas parados no engarrafamento, medo daqueles que pensaram que poderiam perder seus carros ou serem assaltados, prejuízo daqueles que tiveram algo danificado ou que deixaram de ganhar, mas nada, absolutamente nada, se compara a angustia de ver sua casa despencando do barranco ou prestes a desabar por causa das rachaduras causadas por gotas... tão pequenas e insignificantes. O local em que você repousa das batalhas e das guerras diárias, o local que você tem certeza de que está seguro e pode baixar a guarda, o local da sua família, pra mim o local mais sagrado do que a própria igreja. Nada se compara a vida perdida daqueles que ficaram presos nos escombros ou daqueles que foram engolidos pela água. Assim como as gotas se unem para formar a chuva e dessa forma causar, junto com vários outros fatores, desastres e dor, nós podemos ser gotas para melhor. Deixo aqui a mensagem implícita para que cada um reflita no que pode ser melhor.

O Lapso

Calou-se

4 de maio de 2009

É assim... as palavras voam... a simulação de um pensamento... uma constante... pensamentos errados... vida passando... tempo acabando... o velho dia a dia... compromissos e afazeres... tudo do bom... tudo de bom... o transito da vida... um pouco de mentira... um pouco de verdade... nada a perder... tudo a ganhar... amar para sempre... odiar até o resto da vida... musica que toca os ouvidos... barulho sem igual... idéias e mais idéias... o poder do esquecimento... s saudades cortante... o friozinho na barriga... o coração acelerando... pensamentos certos... as conseqüências do querer... tudo vai... tudo volta... os “porquês”... os “para quês”... e para que serve o pensamento se não para enlouquecer... assim que acontece... a igualdade... a liberdade... coisas importantes... coisas que não valem a pena... são tantas coisas... para que pensar tanto? Calei-me. Calou-se. O resto é nada.

O Lapso

Ps.: Ser eu, sempre!