Vai e volta.

11 de março de 2010

Na nossa dinâmica da vida aparentemente sem lógica, damos um ponto aqui. Continuamos escrevendo, construindo nosso texto, até que finalmente damos outro ponto ali. Perdermos algumas vírgulas pelo caminho, achamos algumas travessões nos cantinhos, até que chegamos ao suposto ponto final. Então de repente tudo vira pó. Só para saber que ainda podemos construir nosso castelo de areia com o pó que sobrou e esperar pelas reticências...
Se comemos em excesso, engordamos. Se deixamos de comer, morremos. Procuramos o equilíbrio para sobreviver, desejamos o peso ideal das relações. Perceba que o problema não é a comida. O problema está na importância que damos a ela, nas escolhas que fazemos, e nas consequências dessas escolhas. Escolhemos comer demais, deixar de comer ou sobreviver. Tudo isso está, de certo modo, conectado. Aqui não se espera as melhores, nem as piores escolhas. Não temos que acertar nem errar, mas saber o que estamos fazendo.
Então se há faltas - e aqui falta em ambos os sentidos: culpa e ausência -, houve escolhas certas ou erradas, mesmo que o “não fazer” seja no mínimo uma escolha do inconsciente. Nada mais puro que o nosso inconsciente, nele se perfaz nossa culpa e o peso das escolhas. Nessa hora o consciente faz a parte dele para mostrar que somos egoístas em pensar apenas no nosso bem estar e o resto "ahhh".
E quando não há permissão? Tudo vai sendo atropelado por escolhas e escolhas e pontos e vírgulas e pensamentos e dúvidas e... eu sei onde vai parar, e já fiz minha escolha. Eu não joguei com cartas marcadas e nem pedi para jogar um jogo idiota que nunca existiu, pelo contrário, fui sincero, natural e verdadeiro - diferente. Fui forte até onde me foi possível, porque meu sangue, por dentro, nunca será frio e sempre vermelho. Acreditei até o momento em que perdi a esperança, mesmo que tudo já tivesse perdido e nada estivesse definido. Mesmo sem limites, parei na desistência infundada, mas ainda assim desistência. Nada é o que parece ser, então tudo de repente ficou inconfortavelmente subentendido, mas nunca estarei sozinho. Basta que a gente veja um pouco a frente do agora. A dinâmica vai e volta e vai e volta... tolo é aquele que não sabe disso. As palavras agora são apenas desculpas e desculpa.

O Lapso

2 Reações:

Mary disse...

muiito bom! é incrível como você consegue transmitir o que está sentindo. (que inveja, huahshaus) beijão.

Bruno Bello disse...

Mary,

Adoro vc!!
O melhor de tudo é saber que alguma coisa foi proveitosa.

bjuu