"... Será que alguém saberá dizer..."

18 de abril de 2010

Quando alguma coisa acontece e eu não sei explicar o porquê, automaticamente me vêm a cabeça todas as hipóteses. Desde a mais complexa e impossível até a mais ridícula e improvável. As possíveis são tão sem graça que passam desapercebidas, cinzas. Temos a necessidade de complicar as coisas que deveriam ser mais simples (confesso que essa complexidade dá um “quê” a mais na nossa vida e faz com que a gente tenha prazer em pensar e viver). As mais mirabolantes são coloridas, mas não precisam ser necessariamente um arco-íris. Mesmo sem ter a certeza da cor, já me sinto mais leve só de pensar. Me sinto mais branco ou de uma cor só, até o cinza desapercebido. O que eu já sabia é que não tenho afiinidade para ser multicolorido. Já não sou mais o elo fraco que pensava ser, deixei de ser elo e não há corrente. Será que alguém saberá dizer quem é e o que é?
É tudo uma questão de identidade. Nada que o tempo não mostre a verdade, ele sempre faz. Vou apagando devagarzinho e com cuidado as imperfeições do meu desenho.
Como uma criança, feliz, quando recebe aquela revistinha onde se esconde uma figura que só será descoberta quando todos os pontos forem ligados. O que a criança percebe, desde o inicio, é que nem sempre é necessário ligar todos os pontos para saber qual figura se mostrará.

O Lapso

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