Venire Contra Factum Propium

23 de fevereiro de 2011

Perdes a razão quando se comporta de tal maneira a gerar expectativas alheias as quais sabes, em sua essência, que em nenhuma hipótese teria condições de supri-las e então, não menos displicente, mudas de comportamento. Ages em contraditório a tuas próprias palavras e, não menos paradoxal, em contraditório a teu próprio agir. Chamas a quebra de confiança de tua liberdade individual, entretanto, nunca falastes em equilíbrio. Pedes o respeito sem saber, ao certo, o seu próprio conceito e então, sem pudor, dispara suas próprias idéias fantasiosas autoritárias para satisfazer o seu tão necessitado ego. Acreditas em tudo o que diz para sí e repete incansávelmente até que tornes em verdades absolutas, transformando tua realidade inatingível em realidade alheia, deixando de lado a arte do convencimento por argumentos e até por questionamentos. És a justiça cega ao avesso.

O Lapso.

Chapter 2 - Quebra cabeças

6 de fevereiro de 2011



Chapter 2 - Quebra cabeças

Estava montando um quebra cabeça e percebi quanta similaridade guardava com ele. Enquanto ele é formado por milhares de peças unidas por elos e cores especificas que na composição formam uma paisagem, eu sou um mosaico de historias que por um elo se uniram na concepção de um quebra cabeça complexo, multifacetado, que sou eu. Na paisagem o que une a água do mar mediterrâneo a areia da praia é um dêgrade de cores e curvas que se casam em pares, já na minha figura existe menos harmonia e mais arestas em cada peça, é como se os ângulos fornecessem a energia necessária para manter a ligação do todo. Às vezes no meu quebra cabeça se faz necessário uma quarta dimensão como o tempo, o amor, a vida para ligar peças tão distantes. No meu quebra cabeças tem peças que são pessoas, outras são historias, outras sentimentos, algumas são como um filme, umas são brancas, veladas por um véu que esconde, mas mostram suas cores ao se encaixar com a peça certa. Existem pessoas que são mais de uma peça, uma vez que a intensa reconstrução do ser cria diferenças a tal ponto que uma mesma pessoa possa ser dividida em varias peças para cada fase de sua vida. Tem peças que são imensas e outras tão pequenas que sua ausência passaria despercebido ou como uma imperfeição entre duas peças. Porém, essas peças tão singelas guardam em si o segredo que une peças maiores. A minha paisagem está em continua transformação. Entretanto, a praia, o sonho e o verde da sombra estão sempre presentes. A margem não é o fim, está a espera de novas peças que se encaixem. Tem peças que não se encaixam mais no quebra cabeça, desgastadas pelo tempo. Outras ficaram perdidas deixando no vazio uma saudade, uma lembrança. Busco uma peça que traga mais verde, mais intensidade, uma felicidade duradoura em um simples sorriso. Não quero completar meu quebra cabeças, quero ser a parte de um maior, quero sonhar com você o mesmo sonho.

Ricardo Monteiro da Rocha Franco Filho

Data: Esse texto foi escrito em Julho/Agosto de 2009 e concluido em fevereiro de 2011. Só recuperei em setembro de 2010 após a restauração da tabela de partição do meu HD.

Fotográfia e Arte : Ricardo Monteiro da Rocha Franco Filho

Chapter 6 - Medo de Amar

5 de fevereiro de 2011


Medo de Amar

Alguns temem o amor e preferem viver apenas a paixão do dia. Ao mesmo tempo, tatuam marcas pelo corpo. Contraditório não? Temer o vinculo a outro ser como se isso representa-se correntes e grilhões. Entretanto, não queremos perder o carinho incondicional da mãe, do pai, de um parente próximo ou de um velho (a) amigo (a). O porto seguro é o sonho, não a realidade.

A insegurança na hora de embarcar num relacionamento é o eufemismo da perda de “oportunidades” que um namoro ou compromisso pode representar. Devemos definir oportunidades como outros beijos, carinhos e companheiros. Nessa busca, falta fé para acreditar no amor, no sentimento, no momento. Falta paciência para tirar dos mesmos lábios múltiplos beijos, de diferentes cores e sabores. Fé, para acreditar na felicidade do par de um jeito impar. Nesse desequilíbrio, o equilíbrio não é a média entre 8 e 80.

Ricardo Monteiro da Rocha Franco Filho

Escrito na ultima semana de dezembro/2010.

Fotográfia da Baia de todos os Santos(22/01/2011) - Ricardo Franco F

Fica Dica #5: Bar do Canal

4 de fevereiro de 2011

Aquele encontro despretencioso, marcado no último minuto, entre amigos, para entornar o líquido sagrado de todos os dias. A bohemia geladíssima por R$4,00 e aquele espetinho de todos os tipos de carnes e preços, desde o filet mignon por R$3,00 até o medalhão por R$13,00. Para os que gostam de um pão de alho na brasa, também tem essa opção, além de algumas outras...

As mesas dispostas embaixo das árvores são disputadas nos dias de sexta e sábado. Se não chegar cedo fica complicado achar uma vaguinha. O atendimento é razoável, nada excepcional nem ruim a ponto de causar desistências. A única coisa que deve ser ponderada é a localização, mas o preconceito por ser perto do canal deve ser superado.


Endereço: Avenida Miguel Navarro Y Cañizares, 300
Bairro: Pituba
Telefone: 3451-4442
Horário: 8h/23h (sáb. e dom. 9h/22h)