Tempo Certo.

3 de agosto de 2011

Se todos os dias fossem iguais, qual seria a razão de pensar no passado? Cada dia que virá é complemento dos dias que passaram e esperança do dia presente. O que pensei ontem já não é a mesma coisa do que penso hoje e nem chega perto do que posso pensar amanhã e cada experiência diária nos remete a pensar nas decisões que foram tomadas no passado ao passo de poder corrigir as futuras decisões ou ao menos aprimorá-las.
A questão é que quando as situações são vividas as decisões não esperam pelo amadurecimento que chega ao tempo certo. A sensação que temos é que se as mesmas coisas que aconteceram no passado acontecerem hoje, o resultado com certeza seria diferente. Repare que não estou falando em arrependimento. O arrependimento acontece, por exemplo, quando a gente tem duas opções conhecidas para a mesma situação e após a escolha de uma delas o resultado não agrada tanto como poderia ter acontecido com a outra opção. Já o amadurecimento, surge uma terceira opção que existia, mas que não era vista como tal ou até mesmo desconhecida.
É claro que apenas na dimensão dos desejos, quem não gostaria de saber o resultado de um pseudo-presente? Quantas vezes não ficamos imaginando e criando em nossas cabeças novas situações que nos intrigam pela sua possibilidade. Quando é que sabemos que o tempo certo é mesmo aquele se sempre podemos criar opções, ou seja, o tempo passado dentro do seu contexto será sempre tempo certo, e aqui volto às primeiras palavra ditas no que toca a um tempo certo que sempre será complementado por um tempo futuro. A pergunta que fica é: cada um tem seu tempo?

O Lapso 

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