Só rir.

30 de março de 2013

A felicidade está aqui, bem pertinho de nós, não se engane. Só depois da verdadeira dor que se pode dar valor a verdadeira felicidade. Hoje é só isso. Sorrir.

O Lapso.

Aperto e Aprendo

24 de março de 2013

É tão difícil suportar a saudade, ainda mais quando sabemos que é uma saudade só de coisas boas. É um aperto no peito que se traduz na falta que a pessoa faz ou dos momentos bons que ficaram na memoria com um gostinho de quero mais. Ao mesmo tempo é tão bom falar disso com uma leveza de uma brisa de outono. Mas de que adianta sentir saudade? Às vezes duas muralhas sólidas e duradouras se erguem em tempo recorde e entre elas um vazio que congela até o último fio de cabelo.
Os ventos que sopram de lá só trazem notícias que surpreendem, ao passo que confirmam o que já se sabia que aconteceria, contraditório por tudo que se acreditava ter vivido. Entre uma página ou outra dos vários livros que li, entre um ano e outro dentro dos meus vinte e quatro anos, nada disso ensina como viver o que virá. É assim que eu prefiro, aprender cada detalhe com a minha própria percepção a cada escolha, mesmo que está última não tenha sido feita por mim ou que ainda feita por mim seja a errada, o que não a deixa fora do conceito de escolha. Se querem a verdade, ainda não aprendi a lidar com a raiva, e a dor na alma se prolifera como um vírus indestrutível, é uma mágoa só, é um aperto e tanto, mas um dia aprendo, um dia ainda hei de aprender.


O Lapso

(escrito em abril/2012)

Delíquio

É tão difícil entender algumas coisas. Atire a primeira pedra aquele que não procura respostas, não qualquer uma, mas aquela capaz de se encaixar perfeitamente dentro de uma trama lógica e racional. Algumas coisas se encaixam desde o princípio, mesmo que por dedução, mas outras demoram tanto que acabam gerando um desconforto. Talvez ninguém saiba responder às perguntas mais importantes, aquelas capazes de mostrar tudo que esteve oculto. Como um pintor que joga as cores na tela para depois moldá-la em sua verdade e só então acreditar friamente nela, traz a tona toda sua arte oculta. A verdade é que, enquanto tudo não for esclarecido, há várias verdades. Cada um acredita na que lhe for mais conveniente, na que lhe garanta o maior nível de conforto. Eu reluto para acreditar no que vejo e no que ouço, sempre acho que existe alguma explicação plausível, sempre desconhecida, mesmo que psicológica, sei lá, já vi tanta coisa que um pouco de falta de valores não surpreende esse grosseirão que vos fala. Berço de ouro não garante valores probos, é só nisso que eu consigo pensar agora.

O Lapso.

(texto publicado em 18 de abril de 2012, foi apagado e agora volta)