Poesia a la carte

29 de abril de 2011

"Quando você me chamar

Quando você me chamar, vou largar tudo o que estiver fazendo. Deixarei de lado compromissos, encontros, propostas e partirei ao seu encontro. Não vou titubear ou vacilar, simplesmente irei…
Quando você me chamar, levarei alguns segundos para acreditar que está acontecendo. Ainda que pareça um sonho, não será preciso você me chamar pela segunda vez, estarei ao seu lado antes que pense em fazer isso.
Quando você me chamar, talvez ninguém veja, talvez ninguém perceba ou ouça a sua voz suave, mas as batidas do meu coração… impossível não serem escutadas.
Quando você me chamar, vou lembrar de quanto tempo esperei que chegasse, quanto tempo senti a sua falta e quantas noites sonhei como seria esse dia.
Quando você me chamar, sei que sairei correndo… mas não sei se primeiro vou querer o seu abraço me apertando por inteira ou o seu beijo que desejo a cada instante…talvez eu queira os dois ao mesmo tempo.
Quando você me chamar, muita coisa não terá mais importância… muito do que me aflige será esquecido e vou me deixar ser cuidada, mimada e protegida pelos seus braços.
Quando você me chamar, o meu nome parecerá mais doce, o meu corpo terá vontade própria, as minhas pernas seguirão na sua direção.
Quando você me chamar, independente do lugar que eu esteja, só haverá nós dois no mundo inteiro… sem ruídos, tumultos ou nada que possa atrapalhar esse momento.
Quando você me chamar, não precisarei dizer “sim”, você vai enxergar nos meus olhos a minha resposta… palavras serão dispensadas.
Quando você me chamar, é bom que esteja certo disso pois não vou deixar você ir embora. Quando você me chamar, não haverá dúvida de que, dessa vez , ficaremos juntos.
Quando você me chamar… eu vou!"

Liz Passos
http://portalibahia.com.br/blogs/coisasdeliz/?p=691#comments

Impressões pessoais #5: Consumismo exacerbado

20 de abril de 2011

Desde o surgimento do e-commerce nunca foi tão fácil consumir. A qualquer hora do dia podemos adquirir produtos ou serviços das mais diversas espécies com a comodidade de nem sair de casa. Essa facilidade tornou possível assistirmos a uma crescente onda de consumismo desenfreado.
O que vemos hoje, por exemplo, com os sites de compras coletivas e suas promoções que enchem os olhos de qualquer consumidor, é a compra excessiva, impulsiva e compulsiva. Compramos demais, sem planejamento, coisas inúteis só para atender um desejo/vício de comprar. Infelizmente o marketing agressivo desse tipo de e-commerce passa desapercebido pela maioria dos consumidores, os quais deixam de observar algumas armadilhas que acabam seduzindo e ao mesmo tempo prejudicando indiretamente o consumidor.
Comprar nunca foi o problema, desde que de forma saudável, ou seja, comprar o que realmente precisamos e utilizamos sem que para isso seja necessário contrair uma dívida exorbitante.
Portanto, antes de sair com o "mouse nervoso" comprando tudo que está na promoção, avalie melhor a conveniência de adquirir aquele produto ou serviço.

O Lapso

Não faz assim.

4 de abril de 2011

A leveza, que um dia me disseram ser necessária, é apenas uma porta de entrada para todos os outros pesos excedentes. Ser leve é bom, mas não tem um significado capaz de estabelecer uma direção a ser tomada. É viver estagnado diante de todos os acontecimentos importantes da vida e aceitar o não e o sim como se não fizesse diferença. Como coisas tão contrapostas podem não fazer diferença?
Aprendi a ser leve, experiência que pude comprovar não ser das melhores por suas consequências, e como já disse no começo, é apenas uma porta de entrada para outros pesos não queridos. Não adianta tentar fingir ser leve, no fundo precisamos dos pesos perninentes a cada pessoa, que não por coincidência são inerentes as características de cada um de nós. Se não são naturais e entram pela porta dos fundos, acabam por destruir mais rapidamente qualquer rastro de razão.
Gosto de não ter ressentimentos, mas a curto prazo é um dos meu pesos mais característicos, o que me torna até um pouco competitivo e um tanto quanto orgulhoso. Tudo meu e tudo já conhecido por mim, o que não traz nenhum malefício repugnante. A longo prazo tudo passa e as consequências podem ser definitivas ou apenas passageiras, prefiro que seja tudo passageiro como um vento, uma brisa ou uma tempestade.
Não faz assim, não escolha a leveza do inesperado em troca do auto conhecimento. Não tente ser algo que você não consegue ser por natureza, não há mais culpas, apenas julgamentos precipitados.


O Lapso