A LUZ DA DECISÃO

7 de outubro de 2008

Doce sonho. A construção de uma realidade pautada no meu querer,
Leviana utopia, caricatura de um desejo irrealizável.
Tentei fugir, tentei me esconder.
Desejei: jamais me inebriarei novamente.

As peças, outrora erigidas, desmoronaram.
O fino toque do vento macerou certeza tão ardente,
Tentei negar, mas sua autenticidade me despertou,
A leveza de uma pluma, a doçura do néctar. Como pedras intransponíveis, tu agistes.

A certeza se consolidou. Dia de Graças.
Fitei os meus olhos. Os seus fustigaram a minha existência,
Arrebataram um coração aviltado, despindo-o de toda vã certeza!

Será que a realidade, agora descortinada, sobrepujou o dantes imaginado?
Terá me demonstrado, a verdade dos fatos, que a nossa história não pode se dobrar a um sonho injustificado?
Decerto que sim!

O sentimento aflorou!
A cada minuto, a cada segundo interminável, sua presença insiste em minha mente,
Meu orgulho se dobrou: mácula da minha existência.
A negativa, do concebível, fustigou anseio deveras peculiar.
A retidão em nada valeu: Aviltamos o trono da certeza, a Máxima Suprema reinou.

Protrai-se em medo, o doce desejo de contigo voar.
A Máxima transformou-se em dor, em dúvidas,
Perco-me, quando questiono, em diálogo de face tão superficial:
Fomos conduzidos a uma convergência de pensamentos?
Habitará, certeza tão contundente, em essência tão real?

A incerteza me consola, o egoísmo me faz abjeto!
Creio na decisão, a brisa de um novo dia, a espera sob sol escaldante:
A Realeza do sentimento mais profundo.


Rodrigo Guedes


Obs.: Faz um bom tempo que não produzo algo do gênero. A “inspiração” voltou. huahau