26 de dezembro de 2008

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas e vida perdida nas mãos que oferecem apenas espinhos. Escolho não perder a vida!

A LUZ DA DECISÃO

7 de outubro de 2008

Doce sonho. A construção de uma realidade pautada no meu querer,
Leviana utopia, caricatura de um desejo irrealizável.
Tentei fugir, tentei me esconder.
Desejei: jamais me inebriarei novamente.

As peças, outrora erigidas, desmoronaram.
O fino toque do vento macerou certeza tão ardente,
Tentei negar, mas sua autenticidade me despertou,
A leveza de uma pluma, a doçura do néctar. Como pedras intransponíveis, tu agistes.

A certeza se consolidou. Dia de Graças.
Fitei os meus olhos. Os seus fustigaram a minha existência,
Arrebataram um coração aviltado, despindo-o de toda vã certeza!

Será que a realidade, agora descortinada, sobrepujou o dantes imaginado?
Terá me demonstrado, a verdade dos fatos, que a nossa história não pode se dobrar a um sonho injustificado?
Decerto que sim!

O sentimento aflorou!
A cada minuto, a cada segundo interminável, sua presença insiste em minha mente,
Meu orgulho se dobrou: mácula da minha existência.
A negativa, do concebível, fustigou anseio deveras peculiar.
A retidão em nada valeu: Aviltamos o trono da certeza, a Máxima Suprema reinou.

Protrai-se em medo, o doce desejo de contigo voar.
A Máxima transformou-se em dor, em dúvidas,
Perco-me, quando questiono, em diálogo de face tão superficial:
Fomos conduzidos a uma convergência de pensamentos?
Habitará, certeza tão contundente, em essência tão real?

A incerteza me consola, o egoísmo me faz abjeto!
Creio na decisão, a brisa de um novo dia, a espera sob sol escaldante:
A Realeza do sentimento mais profundo.


Rodrigo Guedes


Obs.: Faz um bom tempo que não produzo algo do gênero. A “inspiração” voltou. huahau

Expressando a raiva...

26 de julho de 2008

talvez a vida exija muito de nos
talvez o muito seja pouco e o pouco seja muito
Entao tudo parece o mais perfeito possivel
o perfeito tem seu peso, por isso prefiro o simples.

O Lapso

Feliz Dia do Amigo, ou seja, Feliz TODO DIA!

25 de julho de 2008

Quero falar aos amigos...
Uns ganhei há tempos.
Outros são mais recentes.
E quem os deu não ficou sem eles,
pois amizade pode ser sempre dividida
sem nunca diminuir ou enfraquecer

Pelo contrário, quanto mais dividida mais aumenta.
E há mais vantagens na amizade:
é uma das poucas coisas que não custam nada
mas valem muito, embora não sejam vendáveis!

Entretanto,
é preciso que se cuide um pouco das amizades.
As mais recentes, por exemplo, precisam de alguns cuidados.
Poucos é verdade, mas indispensáveis.

É preciso mantê-los com um certo calor, cuidar, falar com eles.
Com o tempo eles crescem, ficam fortes e suportam alguns trancos.
Os mais antigos, já sólidos, não exigem muito não!

São como as mudas de plantas que,
depois de enraizadas, parecem viver sem cuidados,
porém não podem jamais ser esquecidas.
Algo é preciso para mantê-las vivas.

Prezo suas amizades e reservo sempre
um canto no meu peito para elas.
E sempre que surgir ocasião,
não perco a oportunidade de dar um amigo a um amigo,
da mesma forma que eu ganhei.

E não adiantam as despedidas.
De um amigo ninguém se livra fácil.
Amizade, além de contagiosa, é incurável...

- - Autor desconhecido - -

Bom..... para que servem as datas? Servem para dar um freio as rotinas, como marcos ou tótens, servem para refrescar nossa memória e aguçar nossa visão. Afinal, existe muito sentimento além da rotina, mas na expectativa de que somos eternos (e o amanhã sempre estará ai) perdemos a capaciade de lembrar e ver as pessoas que nos cercam e nos fazem ser quem somos (mãe, pai, avó, amigos....namorada(o))

Obs.: Em breve uma publicação minha, aguardem!

Cotidiano

8 de julho de 2008

Tudo começa na noite que antecede o amanhecer, no minuto final em que a consciência ainda faz a sua parte mesmo depois "daquele" dia. O ultimo lapso de pensamento que inevitavelmente nós leva ao dia seguinte. Ao acordar, a sensação de um novo começo das velhas surpresas, de novas vitórias e de conhecidos problemas. É assim que começa nosso cotidiano. Isso tudo é só para dizer que não somos tão diferentes uns dos outros. Vivemos a vida do jeito que vida vive a gente. Por mais que tracemos um jeito de levar as coisas nem tudo fica sempre no trilho, sempre há um deslize, sempre há um caminho diverso daquele pensado que dará no mesmo lugar, ou não. É no meio disso tudo que tento me apoiar naqueles em que também tento confiar, porque confiança se conquista aos poucos e se perde num piscar de olhos. Quanto mais confiança, mais expectativa se cria e mais difícil fica para mantê-la. O fato é que não basta apenas querer, além disso é necessário poder e principalmente fazer com que essa confiança adquirida não escape. Esse é o segredo da coisa! Acredito que todos nós cometemos falhas. Temos falhas sim! É essencial, porém, saber dar valor a tudo que foi construído e não deixar apenas as coisas irem acontecendo, já que temos o poder de influenciar, como dito outrora, somos obrigados a jogar. É certo que cada um tem seu ponto de vista, cada um tem sua verdade, sua história, seus princípios e até sua educação, mas todos querem julgar, é inevitável. O medo de ser julgado e condenado antes de se defender faz com que tenhamos a preocupação em atender as expectativas dos outros, e não somente isso, nós faz entender que reconhecer o nosso próprio erro, ao invés de ficar apontando o erro dos outros, é o primeiro passo para uma convivência harmoniosa e mais. Como já dizia um velho ditado: "Não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você".


Cotidiano Pessoal
Sublime é ter pessoas que se preocupam com você e melhor ainda é ter a certeza disso. É com essas pessoas que eu, por exemplo, também me preocupo e mais (muito mais). São aquelas pessoas que estão presente no meu cotidiano e que fazem dele uma não-rotina. São aquelas pessoas que, apesar de distantes, são tão importantes quanto aquelas que estão perto. São aquelas pessoas que já passaram pela minha vida, e por algum motivo qualquer, já não fazem mais parte dela, porém, deixaram sua marca, sua contribuição, sua história, gravada em minha alma. São aquelas pessoas que tomam conta de mim sem que eu saiba e aquelas que eu tomo conta sem que elas saibam. São aquelas pessoas que ainda estão por vir. Todas essas pessoas são simplesmente chamadas de amigos. Apesar de amigos, não são perfeitos (más para mim são!). É por isso que não tenho medo e nem vergonha de pedir perdão quando erro e o outro lado amigo, se realmente for, deve compreender. Para todos, e até os que já foram e virão, sou eternamente grato.

O Lapso


Não gosto de citar nomes, na verdade odeio, contudo dessa vez eu não tenho escolha porque apesar de existir barreiras e mais barreiras, alguns conseguem chegar bem perto do eu, então, gostaria de deixar um agradecimento especial primeiramente a todas as pessoas que fazem parte desse blog: Ioh, Ricardo, Rodrigo e Daniel. A minha galera da facul (quem é sabe!). A minha galera que me acompanha nas noites, nas risadas e outros momentos.(é, tem gente que ganhou mais de um agradecimento, merecidos por sinal). Já chega né? =D~

Amado - Vanessa da Mata

30 de junho de 2008

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

31/05/2008

31 de maio de 2008

“Para cada sorriso há um choro. É assim que as coisas são.
Os vitoriosos existem, e não é isso que nego ou deslegitimo.
Para que haja o topo da lista: o melhor,
É preciso haver os outros: o segundo, o último, o desclassificado.
Não há – e nunca há – vaga para todos.
É assim que as coisas são.
Cada bela história traz em si o peso – o enorme peso – de ser injusta.
Não há quem mereça mais.
Todos somos duros e sabemos sê-lo quando amamos.
Sem essa magia não haveria – é verdade! – grandes dores.
Tão mais é verdade que tudo seria pouco, vazio.
Não é isso que se deseja, ainda que muito se ‘blasfeme’.
Sabemos dos riscos e nos atiramos.
É a dificuldade, o medo, as dores e a impossibilidade que molda o prazer e o desejo.
Todas as máculas nunca serão vistas.
Serão, sempre, apenas feridas doídas em outrem.
No círculo da vida, passamos, diversas vezes, pelos dois lados.
E, definitivamente, é assim que as coisas são:
Dias de Derrota, dias de Vitória!”

In Vino Veritas

21 de maio de 2008

(Versão com sugestões de Bruno)

In vino, falemos apenas bobagens
Quando deixamos ao gênio etílico
Nascido da uva, que alimenta miragens...

Tolices a cada sorvo, falamos
Regurgitando pimenta enquanto tragamos
Falo do que realmente penso e creio
E as falsidades, então, clareio!

Não é vantagem o resistir, o não-ceder
Pois em que pese à dura vida, ao esquecer!
Ahh!! Os bêbados amam a sinceridade!

Mas, se não sou aquilo atrás da máscara
Sou o que vêem, como posso falar a verdade?
Por Dionísio! In vino veritas veladas!


(Daniel Silva)


(P.S.: Peço desculpas ao caro colega por não conter a vontade de postar tal obra de arte. Desde já fique a vontade para fazer o que quiser!)

Prazer.

Saudades. Estive saudosa. Estou.
Inúmeras folhas, linhas, palavras, letras. A tinta nada dizia, surpreendentemente.
Era tudo vazio de significados. E ainda o é.
Ânsia. Desejos.
Tudo em mim era a vontade de criar. E ainda o é.
Criar um desabafo. Um som breve e um silêncio longo.
Fazer... Refazer o que me move, o que sempre me moveu.
Sair do incômodo estágio estático.
Inspirações.
Nostalgia. Falta. Fotos. Leituras.
Um dia incomum.
Uma viagem acompanhada.
Novos caminhos.
Novos velhos guerreiros.
Novas frágeis amizades.
Novos filósofos: “eu não preciso de muito dinheiro, graças a Deus”.
Nova fase.
Medo. Saudades. Desejos.
O antigo me conforta na infelicidade de conhecer minha dor.
Dores novas. Pavor e asco.
Onde estou?
No meio de tanta organização, me perdi.
Perdi o rumo e desejo o passado.
Um passado remoto.
O antecessor do passado presente.
A primeira infância. A relevante.

Enfim, prazer.
Ioh.

Proposta

Como estudantes de Direito - e/ou críticos da nossa realidade normativa (adotando o sentido lato, mesmo), proponho que elenquemos, alguns pontos positivos e negativos do Positivismo Jurídico. Pode-se, inclusive, utilizar o desenvolvimento científico de alguns nomes, a exemplo de Bobbio, para embasarmos nossas preleções.

Abraços

Analisando o "Contraditório"

Não há dúvidas concernentes à importância, diga-se precípua, da Constituição Federal, em todas as matérias que envolvam o Estado Federal brasileiro. A supremacia desta indica o teor primordial e, muitas vezes, sublime que tal quadro legal possui. A elevação descomedida, da Carta Magna, perante todo o resto do Ordenamento Jurídico fulmina, categoricamente, todo e qualquer dispositivo legal, que ouse negar o que fora estabelecido no texto Constitucional. Neste sentido, brilhantes são as palavras do professor Celso Bastos: “Qualquer ato jurídico de natureza infraconstitucional padecerá do supremo vício de ilegalidade, o qual, no caso, em razão de ser praticado contra a Lei Maior, denomina-se inconstitucionalidade”.
Reforça-se, ainda mais, o poderio da Constituição Federal, e a sua categorização como a “lei das leis”, quando se vislumbra a imponência - da inexcedível beleza - de vários incisos, formadores de dezenas de artigos da mesma. A importância que se dá à pessoa humana e a ratificação da incontestável valoração destinada, cotidianamente, ao trabalho honesto configuram-se como exemplos notórios do quão exponencial é a base cidadã da Constituição de 1988.
Creio não haver dúvidas, tangentes à posição da Carta Magna perante todo o direito positivado brasileiro. Cumpre sinalizar, todavia, que o precípuo escopo deste discurso não é um aprofundamento acerca da supremacia constitucional, tampouco um mergulho profundo nos meandros do controle de constitucionalidade, mas o desenvolvimento de uma peça -horizontalmente inteligível - que examinará a real aplicação de alguns dos Direitos Fundamentais – expostos e assegurados pela mais importante Lei da República Federativa do Brasil.
A beleza de vários dispositivos constitucionais é irrefragável. Contudo, dúvidas surgem acerca da sua concretização numa dimensão tangível. Em um plano fático, o dogmatismo da Carta Magna está realmente sendo obedecido? Todos os direitos assegurados na Declaração dos Direitos Humanos e reiterados na nossa Carta Política são exercitados em essência? Os questionamentos fustigam o intelecto de muitos, neste ínterim, torna-se forçoso que adentremos, desde já, no cerne deste trabalho.
Visando uma análise mais minuciosa, faz-se necessário a presença da redação do art. 6º(que inicia os Direitos Sociais, na Constituição Federal): “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição." (Grifo Nosso).
A educação possui uma peculiar importância – não apenas no que concerne os índices de desenvolvimento social, mas também - e principalmente - como um elemento primordial de sublevar tentativas de sobrepujar a dignidade humana. Irretocáveis são as palavras do, sempre bem lembrado, educador Paulo Freire: “Descobri que o analfabetismo era uma castração dos homens e das mulheres, uma proibição que a sociedade organizada impunha às classes populares”.
Não sendo omisso em relação à magnificência da educação, o texto constitucional reconhece a sua importância e preza pela sua concretização. Contudo, a realidade é mais perversa do que se ousa imaginar. A educação de qualidade tornou-se um produto de troca, consumido apenas por uma pequena parcela da sociedade, que pode custear os altos preços impostos pelas instituições particulares de ensino.
Percebe-se como, paulatinamente, o sucateamento da educação pública foi fortalecendo a massa de analfabetos – situação cômoda para alguns políticos, facínoras da dignidade humana, mantenedores dos currais eleitorais, bases de votos em pleitos quadrienais. Dados oficiais revelam o drama social quando anunciam números gritantes acerca do desenvolvimento educacional no Brasil. Segundo o IBGE, no ano de 2005, a taxa de analfabetismo - entre pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, era de: 21,9%(na região Nordeste), 11,5%(no Norte) e 8,9%(no Centro Oeste). Cumpre notar que não foram incluídos, nestes dados, os denominados analfabetos funcionais.
A desigualdade social brasileira já atingiu um patamar intolerável. O que se descortina para a população é o descaso macerante das autoridades governamentais, no que tange a resolução de uma série de problemáticas. Assim como no âmbito da educação, na saúde, não se ver a efetivação de medidas que visem o melhoramento da vida dos mais necessitados.
A realidade da saúde, em terras brasileiras, não é das mais confortáveis. A degradação dos serviços públicos, de saúde, favoreceu o aparecimento maciço de entidades privadas, que prestam assistência, desta natureza, reclamando como contraprestação preços exorbitantes – inacessíveis à maioria da população. A insatisfação popular é notória, reclamações diárias na imprensa sinalizam a inoperância, ineficácia e as carências da prestação pública cuja, em essência, deveria atender perfeitamente aos anseios sociais, já que notável parcela do orçamento federal é destinada aos serviços públicos de saúde.
Saindo do plano basicamente teórico (os discursos políticos infestados de sofismas, já insuportáveis), o que se tem, efetivamente, são hospitais públicos apedrejados pelo julgo da inoperância e da corrupção. Remédios, exorbitantemente, caros – inacessíveis ao povo (que quando empregados, recebem um salário ínfimo que impossibilita o consumo destes) e tratamentos especiais que, muitas vezes, só são realizados em entidades privadas erigidas, muitas vezes, sobre o pilar da lucratividade. Efetivamente, visualizam-se enérgicas contradições entre o legal e o real.
Outro direito garantido, a toda população, pela Constituição Federal, é o da segurança, ou seja, o pleno exercício do direito de ir vir, a execução de todas as atividades - inerentes às necessidades humanas - com a certeza de que, ao fim delas, nenhum mal, involuntário a vontade do sujeito, terá sido computado sobre este ou sobre o seu patrimônio.
A questão da segurança pública, atualmente, deve ser um dos mais emblemáticos temas em pauta nas conversações dos brasileiros. A sociedade está perplexa com a violência que assola o país. Paulatinamente, o medo está invadindo a essência da população e incutindo nesta a necessidade do isolamento e do individualismo (o temor que se cultiva tende a conduzir, de forma gradativa, o ser humano a um estado de receio constante a tudo aquilo que extrapola o seu âmbito de atuação).
Conceber uma realidade em que as pessoas evitam sair de casa, contratam segurança particular, encarceram-se em residências – solidamente - trancafiadas e desconfiam, consoante o dito popular, até de suas sombras, é contradizer veementemente o texto constitucional de 1988 (base sólida: além de destinar um apreço irretocável ao bem estar social, liga sua essência aos mais elevados conceitos).
Cumpre salientar que a violência possui bases várias, estendem-se dos distúrbios psicológicos até desentendimentos, gerados por motivos diversos. Não obstante a tal, salienta-se o fator desigualdade social (calamidade dentro de qualquer agrupamento social. Negação dos Direitos Humanos. Paradoxo estatal que vilipendia, de forma categórica, a integridade de qualquer indivíduo), que contribui, de forma substancia, com o cultivo da violência.
Irrefutavelmente, os Direitos Sociais – elencados no texto constitucional - possuem primordial importância não apenas para o desenvolvimento sócio-político do Brasil, mas, precipuamente, para asseverar e abonar a inteireza do ser humano, enquanto ser dotado de uma essência que, acima de tudo, tem de ser respeitada e conservada. Continuar a conservá-los em um âmbito, meramente, formal é concordar com a torpeza da desigualdade.
O Brasil é um país riquíssimo, no que concerne o povo, o território, a natureza e uma série de outros elementos. Em contrapartida, visualiza-se um terrível apartheid social, que segrega, exclui e despreza uma boa parcela da população. Aceitar esta realidade é compactuar com todos os males que afligem ao Estado, é anuir com a displicência (muitas vezes, descaso) dos políticos, no que concerne a observância e a real aplicação dos preceitos descritos na Carta Magna, além de sobrepujar a dignidade de milhões de seres humanos - agredidos cotidianamente por um sistema que castra ferozmente seus direitos mais básicos.

A Salvação

3 de maio de 2008

Anjos existem
Sem asas ou auréolas
Intentam o bem
Nem sempre conseguem
Perfeitos não são

Do fundo sórdido
Tentar é inútil
Achar algo bom

Infeliz do anjo
Que tentou em vão
Sabia este da sua ilusão

(O lapso)

Desafios da educação atual: Entre o capitalismo e a Formação do Indivíduo.

25 de março de 2008

Não é novidade para ninguém que a contemporaneidade tardia vive sob o império do capitalismo. Também não é novo o grande problema do sucateamento em todo o mundo, especialmente no mundo ocidental. Determinadas habilidades ligadas ao senso crítico vem sendo deixadas de lado, enquanto as de natureza técnico-científica são elevadas à posição de dominantes.

Os professores que formam os profissionais de amanhã se concentram em suas especialidades, deixando de um lado a suposição de um plano maior. Em verdade, por mais que esteja registrado em pedaços de papel que há um fim de cidadania (palavra que é tomada em senso comum pela maioria), ou de formação do indivíduo na escola, elas se destinam a dar ao indivíduo um arcabouço de saber desestruturado. Esses conhecimentos serão, mais tarde, base de habilidades especializadas ao futuro profissional do indivíduo.

Mas qual é o objetivo dessa profissão? É a sobrevivência. É não apenas a subsistência, mas a existência, de fato, em um mundo onde impera a lei do mais forte em grande parte das relações econômicas. E como os líderes dessa guerra necessitam de seus soldados, que as pessoas sirvam para alimentar os altos-fornos da indústria. E que a educação que os pais pagam (com impostos ou contratualmente) é o que deve prepará-los para agir como autômatos. Não há maior um maior poder discricionário por parte do indivíduo, se ele deseja servir aos objetivos da economia: ele é condicionado a isso desde a mais tenra idade.

Só que os “generais” dessa guerra são astutos. Se a pessoa tem noção de que é nada mais do que um objeto, algumas tendem a se revoltar e insuflar os outros. Claro que haverá os que não ouçam, mas sempre haverá os que concordem a ajam, valendo-se do formalismo dos sistemas legais, que, em regra, garantem a liberdade. Então, a resposta dos líderes é, além de agir no sentido de alienar (pão e circo), agir contra a própria educação. Em regra, ela ainda tem um valor de formação crítica, mas, na essência, isso se perdeu.

Questionam-se provas dessa perda. Uma delas é o ensino médio, quando todos os esforços são direcionados não, ao menos, a uma boa compreensão das matérias ensinadas, mas a passar no vestibular e ingressar em uma instituição de terceiro grau. Sequer nisso há correição: é freqüente que os alunos, desdenhando do esforço, usem de subterfúgios (como resumos e pescas) nas avaliações, destinadas a mostrar ao professor e ao aluno até que ponto o conhecimento dele corresponde à necessidade.

Além desse particular, há outros. Há uma tendência a se negligenciar matérias destinadas a despertar algo do senso crítico (como história, filosofia, geografia ou língua portuguesa) mesmo onde elas são mais necessárias, como Direito ou Administração. Novamente, interpõe-se aqui uma divisão. Os interessados são suficientemente astutos para perceber que há os técnicos jurídicos e administrativos, e os que serão, efetivamente, Juristas e Administradores. Os que se preocupam com o fundamento são rapidamente encaixados em funções onde possam exercer seus talentos de forma segura: na carreira de magistério, onde ele é obrigado pelos alunos (a esmagadora deles pouco preocupado com lições fora do que enxergam como útil de per si, do que exige reflexão) a se limitar, ou na área de pesquisa, onde ele se restringe. Os que militam e entram, por exemplo, na política - no mais das vezes corrupta e desinteressada (caso contrário não julgaria a educação de forma tão inconseqüente) quando não formada por aqueles a quem interessa a educação deficiente – tendem a não fazer nada, por falta de oportunidades ou de efetiva força. São esmagados, enquanto minoria.

Essa situação dicotômica não pode ser mantida. Ou poderia ser mantida ad infinitum, se a dinâmica do capitalismo fosse mantida intocada. Entretanto, o advento de “crises econômicas” não deixa de se refletir numa crise de valores e, porque não, numa possibilidade da massa refletir. É nesse processo, em que o pão e o circo já não bastam para mostrar a exploração que poderá ocorrer uma mudança.

Fora disso, as chances são muito pequenas.

(Daniel Vital)

Aprendendo a viver

12 de março de 2008

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto e
não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os
planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o
sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e você
precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destrui-la, e que você
pode fazer coisas em um instante, das quais se
arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a
crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família
que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer
qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se
importa na vida são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas
que amamos com palavras amorosas,
pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes
têm influência sobre nós, mas nós somos
responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar
com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a
pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou,
mas onde está indo, mas se você não sabe
para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o
controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco
ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada
e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era
necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você
espera que o chute quando você cai é uma das
poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com
os tipos de experiência que se teve
e o que você aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais
em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma
criança que sonhos são bobagens.
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma
tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de
estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do
jeito que você quer que ame, não significa que
esse alguém não o ama com tudo o que pode,
pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser
perdoado por alguém, algumas vezes você tem
que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos
pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é
algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe
depois de pensar que não se pode mais.
Aprende que nossas dúvidas são traidoras
e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar,
se não fosse o medo de tentar.
E que realmente a vida tem valor e que
você tem valor diante da vida!

(William Shakespeare)
(Enviado por Ricardo Franco)

Faço o que me convém dentro do meu infinito particular...

2 de março de 2008

Será que todas as pessoas tem princípios? Particularmente, fico me perguntando isso toda vez que acontece algum fato ou ato que me surpreende. O caro leitor com certeza já deve ter feito algo que um dia condenou ou que ainda condena. É impressionante como a gente nota que queremos conhecer os outros, mas o principal deixamos de lado. Conhecer a si mesmo é impossível e ao mesmo tempo fundamental. Assunto não me falta, porém, vou me ridicularizar e terminar de forma simples e completa: auto censura.

(O Lapso)

Está difícil?

1 de março de 2008

Na vida, ou você joga ou você atua, e não basta apenas isso, tem de ser muito bom nisso. Se quiser sobreviver sem danos e feridas, se quiser ser mais que alguém, tem de saber utilizar estas duas artes ao mesmo tempo e elas são diferentes mesmo uma tangenciando a outra. Não há uma opção. Não há liberdade de escolha. Até a própria liberdade de que tanto lutamos para te-la, é apenas uma máscara, uma meia verdade. Acreditamos no que queremos acreditar, mesmo que não seja a verdade, e com certeza nunca é a pura verdade. Vivemos numa ilusão pré-estabelecida pelo nosso subconsciente. Vivemos em um constante baile de máscaras, cada uma mais bonita que a outra, porém, todas muito parecidas. Necessitamos desse ambiente. Não é nada forçado, pelo contrario, é tudo tão natural. É difícil acreditar em alguma coisa. Até o que vemos, as vezes, nos engana. Procuramos soluções para tudo, mas até nossos problemas usam máscaras, e as vezes, mais de uma. Então, perdidos diante de tudo isso é que tiramos nossa primeira máscara. Afinal, quantas ainda restam? Viver é isso. Jogar é uma arte, atuar faz parte.

(O Lapso)

Inaugurando...

29 de fevereiro de 2008

Bem-vindos caros leitores.

Para o primeiro contato serei sucinto e objetivo. Só existe uma regra: Os comentários claramente ofensivos não são bem-vindos. O "lapsodeloucura" permite e incita outros autores a participar do mesmo. Qualquer assunto pode ser abordado e qualquer estilo pode ser usado. Espero que desfrutem do conteúdo.