Mais do mesmo

24 de julho de 2013

Primeiro pensei em escrever um poema, depois lembrei que não sou bom em escrever poemas.
Depois pensei em compor uma música, então lembrei que não entendo nada de composição.
Gastei horas pensando no que poderia fazer, no que poderia dizer, quais sonhos ainda poderiam ser reais e fiquei observando o tempo passar. Ele foi passando, às vezes devagar demais, às vezes rápido demais, e de vez em quando no tic-tac do melhor compasso. Só eu sei todas as intempéries pelas quais passei. As experiências que vivi e principalmente as fogueiras que pulei.
Tudo isso apenas observando, mas não de longe. Vivendo. Sempre querendo entender e deixando encaixar mais uma peça do quebra-cabeça, naturalmente.
Sem inventar delírios, fantasias ou histórias esdrúxulas. Sem distorcer, enganar ou macular quaisquer das verdades, sejam elas minhas ou de outrem.
Nada mais natural do que observar (e repudiar) coisas que lhe parecem diferentes, mas que na verdade é sempre mais do mesmo. Das mesmas maneiras que somos obrigados a agir, educados e viciados. Vejo rótulos que possuem a capacidade de crítica. Olha que paradoxal!
Vejo pessoas que ainda não saíram do ovo. Já passou da hora de se tornar criança.
Tenho que viver com isso. São só mais fogueiras, experiências e tudo mais.
No fim das contas percebi que sou um bom observador, só, não muda nada.

O Lapso