Felicidade Aristotelica.

26 de dezembro de 2010

"Para a maioria das pessoas, felicidade seria um estado afetivo ou emocional de sentir-se bem ou sentir prazer. Algo bastante relativo, que depende do ponto de vista de cada indivíduo. A felicidade para um capitalista, é acumular riquezas; já para um socialista-comunista, repartí-la; para um estudante, a felicidade seria construir conhecimento; para um analfabeto, saber ler e escrever; para um colecionador, completar a sua coleção; já para um amador iniciante, ter a primeira peça e assim por diante. Nessa linha de raciocínio, infere-se que o ser humano entendia e entende a Felicidade como a satisfação do "Eu-querer".
Para ilustríssimo Jusfilósofo Aristóteles, a felicidade é relatada como sendo um bem supremo tanto para os vulgos quanto para os homens de cultura superior, considerando-a como o bem viver e o bem agir. Identificam a felicidade com o bem e com o prazer e, por isso, amam a vida agradável. A felicidade é um fim em si mesmo que consiste numa acção virtuosa. Não é um estado, mas sim uma actividade, a mais auto-suficiente de todas."

Quando é você mesmo que não se permite à felicidade (aristotelica), sempre surge algum empecilho para diminuir ou até acabar com a felicidade (lato sensu). Acredito que sempre é possível fazer o impossível se queremos. Faça uma tentativa para crer.

O Lapso

Retrospectiva

Talvez esse seja o ultimo post do ano, e como estou com pressa de começar logo 2011 irei escrever bem rapidinho fugindo um pouco da normalidade. Antes de mais nada tenho que falar um pouco de 2009, um ano em que não tive muitas felicidades, ao contrario, arrumei alguns problemas, algumas angustias e preocupacoes. Tudo bem que tudo foi escolha minha, mas nao dava para ter uma ajuda divina nas escolhas que faço nao? Bem ou mal o ano de 2009 acabou e muita expectativa tinha para o ano de 2010, o que é normal. Comecei o ano de 2010 querendo consertar o que tinha feito em 2009, comecei mal, mas logo tomei outros caminhos e posso dizer que 2010 foi (passado ja) foi um ano de mais controle da minha vida. Enfim... foi um ano bom, que atendeu as minhas expectativas. Só o finalzinho dele que tive um susto e pequenos probleminhas, mas nada que apagasse o brilho desse ano. Terminei o curso de Direito, passei no exame mais polemico de todos os tempos e agora sigo para novos caminhos com mais pedras pelo meio. Algumas coisas que serao sempre censuradas, mas tenho que deixar registrado a minha vontade de dize-las. Que venha 2011 com tudo que eu vou estar preparado.

O Lapso

À Migué.

20 de dezembro de 2010

Sentei para dizer algumas coisas, varei a madrugada e nada. Um branco como se estivesse prestes a fazer a prova mais difícil da minha vida. Talvez por estar desacostumado a colocar pesos em palavras, verdade em mais pesos ou por ter desaprendido mesmo tudo isso. Troquei o papel pela realidade e fiz meu próprio espetáculo começar, e nesse ato não há espaço para atuar. Não há espaço para ensaios passados até no papel. Não há mais montagem e os erros, agora, que são autenticos.

Fica Dica #4: Santeria Hostel Bar

30 de novembro de 2010

Essa dica é para os casais que desejam uma noite tranquila e uma conversa no pé do ouvido. Uma noite romantica sob a luz do luar, sem aquele barulho dos restaurantes cheios e as batidas dos talheres nos pratos.
Um lugar pouco conhecido e com um ambiente acolhedor e aconchegante, não poderia ser diferente tendo em vista que se trata de um bar em um pequeno Hotel. Descendo a ladeira da Barra, à direita, é quase impossível saber que naquela pequeno prédio amarelo se esconde um local tão charmoso.
A falta de estacionamento não é um obstáculo para deixar de conhecer e frequentar, com jeitinho e conhecimento do local dá para conseguir um lugar que não atrapalhe ninguém.
O atendimento, pelo menos no dia que fui, foi excelente. Os pedidos chegavam rápido, os garçons sempre atenciosos e a conta também chegou rapidinho. A única crítica que tenho a fazer é sobre a pouca variedade de comida no cardápio. Em contrapartida o cardápio de bebidas é bastante diversificado. O caldo de sururu é uma boa pedida e para petiscar o santeria mexicana (doritos com geleias diversas). Para beber um mojito ou a velha heineken long neck.
O local abre 17H para o por do sol e fecha 00:00. Para quem quiser tem o site para visitas e contatos: clique aqui inclusive com fotos do lugar!!

É isso ai... até a próxima dica.

O Lapso

A aparência que conta

21 de novembro de 2010

Não há como negar porque, vivemos em um Mundo de aparências. Talvez até tenhamos uma vida de aparências. Através de atos com motivos aparentemente justificavéis, esconde-se a verdadeira essência humana sem máscaras.

A verdade é nua e crua, não tem a cara com maquiagem, não se esconde por trás de discursos irreais que aparentam um sentido para confortar os corações. As aparências enganam a verdade !

Nossas aparências físicas representam o nosso interios, enquanto vivemos, porém ela ainda assim é um tanto quanto distorcida, irreal e mentirosa. A imagem é camuflada, e infelizmente, a verdade a qual estamos habituados será sempre um eufemismo que utiliza o artifício da aparência.

Sendo assim, nós como seres humanos , devemos apurar nossa visão e os demais sentidos, julgando de forma correta as "imagens" que a vida nos transmite.

* Seria um bom exercício tentar observar o reflexo de sua própria alma no espelho....


Rafaela N Franco

"Anotação #6"

20 de novembro de 2010

Tenho pensado muito na morte desta criação. Desejo muito que isso não aconteça... mas...

Censurado e Intitulável.

1 de novembro de 2010

Tenho que conter essa vontade que me dá de fazer as coisas no impulso. Escrevi um texto e não mais tive coragem de deixa-lo aqui. Exclui.
METACENSURA! É isso ai, só pode ser assim. Grita para que eu possa ouvir.

O Lapso.

Chapter 5 - Ídolo de Barro

24 de outubro de 2010


Ídolo de Barro



Todo ídolo tem seu pedestal, símbolo da devoção e admiração de seu amante. Sua imagem pode ser vista de longe e de todos os lados. Portanto é onipresente. Seu sorriso conquista, sua voz parece mais que um poema. Para suas palavras o ouvido está sempre atento e disposto a escutar mais uma palavra. Seus olhos parecem profundos como um lago. Seu ser é perfeito, e as imperfeições onde estão? Mesmo que existam desavenças o seu brilho cega. Mas o tempo... como você chega! Porém existem ressalvas, para alguns a energia e tamanha que o brilho permanece lá, ecos dos tempos de gloria. Para muitos outros o tempo chega.

O tempo tira a beleza, o tempo tira o charme, as qualidades, o brilho do ouro. Transforma metal nobre em bronze, em tons cobres. Como a prata o ídolo escurece ao toque do iodo, ficando escuro como a noite. Maravilhoso seria se o problema fosse só ofuscar o brilho. A desilusão é terrível, a frustração de uma expectativa. A sensação de dor e decepção é capaz de fazer o que nem os alquimistas conseguiram: transformar o ouro em barro. Infelizmente, o barro não fornece a mesma resistência ao ídolo. O menor impacto, o menor destrato e o barro poderá se quebrar. O ídolo de Barro reflete a fragilidade do seu interior. Em cada rachadura uma fraqueza, uma dor, não apenas do ídolo, mas de seu observador. Na tentativa de conter uma rachadura, uma falha, surgem outras duas, numa intensa dor de desconstrução. Ele se olha em busca de uma parte ainda não tocada pelo tempo. Ele olha, procura, busca e não encontra mais que lembranças.
A onde estará...onde? Talvez seu encanto seja fruto de sua essência e não de sua composição. Talvez aquele corpo nunca tivesse sido de ouro, prata, alumínio ou cobre, talvez a beleza estivesse dentro dos olhos que tanto o admiravam. A convicção desse olhar foi capaz de contagiar o próprio ídolo. Tenha medo dos ídolos, tenha medo de ser um ídolo, Tenha medo de ser um ídolo de barro.

Ricardo Monteiro da Rocha Franco Filho

Data: Esse texto foi escrito em Julho/Agosto de 2009. Só recuperei a dois meses após a restauração da tabela de partição do meu HD.

“Sou espectador e diretor da minha própria vida, torço pelo sucesso e estou ao lado na eventual derrota. Não sou omisso, nem deixo a vida me conduzir, mas não me encaixo apenas no papel de narrador.”

“ Quem conhece essa parte de minha vida saberá o significado dessa imagem”

Impressões Pessoais #4: Virús.

14 de outubro de 2010

Hoje é dia...
Hoje em dia, todo dia é dia. É isso ai, não basta ter de excluir e-mails de seus amigos sobre correntes idiotas e inúteis. Me esforço muito para dar risada com alguma coisa que venha pelo e-mail, mas o pior ainda está por vir. Todos os dias recebo e-mails com virús. Graças aos mecanismos de bloqueio e antispam, a maioria deles vão para o lixo eletrônico, mas quando um amigo infectado envia um e-mail, ele vai para a caixa de entrada e tenho de usar do meu bom senso para saber se aquilo é seguro. Fazer um juízo de admissibilidade de um e-mail é $%#&, mas existem situações e situacoes.
Algumas situacoes são claras, ou seja, direto para lixeira. Só que algumas pessoas (desinformadas? sera?! =P) ainda insistem em clicar naquele e-mail da foto de tal pessoa ou no video de fulaninho... PQP! Só falta ter um aviso bem grande dizendo: É VIRÚS PORRA, NÃO CLIQUE!! Mas sempre há um jumentinho teimoso que vai lá com o mouse nervoso e não satisfeito clica mais de uma vez ainda.
Outras situações são bem feitas até, mas basta ter um pouco de desconfiometro para saber que pode ser virús, e aguardar um pouco para ter a certeza, através do seu próprio amigo ou de notícias na internet (usar o google, pai dos burros).

Bom... enquanto isso continuo recebendo e-mails...

O Lapso

Fica a Dica #3: México.

4 de outubro de 2010

Sair com amigos no sábado é quase de lei, e sempre rola aquela indecisão em relação ao lugar para onde ir. Se depender de opiniões, a maioria passa por uma amnésia temporária. A questão é ir em lugares diferentes para conhecer novas idéias, mas sempre levando em consideração a distância.

Não é segredo que o bairro do Rio Vermelho abriga uma infinidade de locais, escondidos ou não, dos mais simples até os mais sofisticados e tudo leva a um só caminho. Nesse caminho encontrei um bar/restaurante de nome Cien Fuegos, que serve comida mexicana e possui um belo cardápio de drinks dos mais coloridos e variados.
O Local é bem escondido e a rua bastante estreita, ocasionando falta de estacionamento, mas lá no Rio Vermelho sempre há um lugar para estacionar.
O ambiente é dividido em várias partes, se tornando um lugar razoável para ir a dois. O som, nem muito alto nem muito baixo, tem seu repertório baseado em músicas mexicanas e por consequencia alegres.
Preços também são bem camaradas, se comparado aos outros lugares da mesma região, e a comida uma delicia. Não lembro o nome da minha bebida, nem da comida, mas achei muito bom. O que deixa a desejar é o atendimento dos garçons, mas nada que prejudique. Deve ser porque sou exigente demais em relação a isso. O esquema de cartões individuais permitem um melhor controle e isso é um ponto positivo.

Tex Mex? Não chega nem aos pés. Cai fora!
Tijuana, uma boa opção também.

O Lapso

Estopim da Democracia

3 de outubro de 2010

Não sei porque todos os Domingos de votação fazem muito sol e calor. Tudo muito propício para ir à praia, reunir-se com os amigos para aquele churrasco ou ficar em casa lamentando por não ter feito nada.
A primeira regra é não chegar em primeiro na seção, uma vez que você pode ser chamado para substituir um mesário faltoso. É obrigatório, assim como o voto, e ninguém quer perder o seu Domingo de sol e muita bebida.
A segunda regra é levar o número dos seus candidatos anotados num papel. Você, que passou pela situação de ter de olhar uma pessoa na frente da urna por mais de 10 minutos tentando lembrar o que veio fazer ali, não vai querer atrasar o churrasco.
A terceira regra é que os eleitos são a nossa imagem (ou pelo menos de quem votou), então não reclamem depois.
Lei?! Na Bahia, pelo menos, isso não existe. Aqui pode tudo. Pode boca de urna, pode celular, pode chegar bebado na seção e outras coisas inimaginaveis pela simploria mente que vos escreve.
A cada dois anos a mesma história, as mesmas promessas e até as mesmas figuras. A esquerda, que agora é direita, não tem mais uma esquerda capaz de lhe ameaçar. Estamos, aqui na Bahia, começando uma nova era PFLista, com o nome de PTista.
Pra frente Brasil!

O Lapso

Impressões Pessoais #3: Agredir.

18 de setembro de 2010

Somo seres sociais e ao mesmo tempo individualistas. Enquanto seres sociais, convivemos com as mais diversas formas de pensar. Mas, enquanto seres individualistas, tentamos impor o nosso jeito de pensar sobre os outros. Justo tentar impor por meio do convencimento, mas quando não há uma razão ou até mesmo um argumento mais simples, partimos para a agressão.
Não estou falando em violência física. Estou falando de palavras pronunciadas, na sua maioria das vezes, de forma gratuita. Palavras desnecessárias e que poderiam ser economizadas.
Parece que agredir virou a ordem dos tempos atuais. Os mais recentes "trolls" que, sempre anônimos, testam a nossa capacidade de sermos civilizados. Há pouco tempo conheci esse termo, e venho observando que quando estamos acobertados por um pouco do anônimato facial que a internet possibilita, deixamos o nosso "trollzinho", que sempre esteve guardado, sair para insultar alguém.
Algumas pessoas deveriam se restringir numa espécie de autocensura. Maldita seja essa inclusão digital.

O Lapso

Saudoso

8 de setembro de 2010

Pelo sangue que pulsava tão eufórico e a lenha que era posta em brasa, em volta displicente. Sim, cada vez mais negligente e intolerante. Mesmo não sabendo, ao certo, onde foi parar, lhe asseguro que ainda está presente na ausência justificada. Só porque justificada com erros.
Com sarcasmo é fácil. Tudo torna-se um jogo de palavras em avessos.
Sem mais.

O Lapso

Fica a Dica #2: Pizza!

7 de setembro de 2010

Você está sozinho(a) em casa, abre a geladeira a procura de qualquer coisa que possa ser engolida. No instante em que aquele vento gelado bate no seu rosto e você varre com o seu olhar todas as prateleiras na busca pela salvação, seu estômago volta a lhe avisar que há tempos está vazio. Diante do nada encontrado na querida geladeira, partimos para a despensa. Para não contradizer a geladeira, você vê a ultima formiga saindo pelo cantinho levando o ultimo cubiculo de açucar. A fome aperta mais uma vez... O que fazer?

DELIVERY! Você está cansado de comer pizza quando isso acontece, procura outras opções, sites na internet, liga para todos aqueles números na lista telefonica e no fim, por mais incrível que pareça voltamos a estaca zero e escolhemos comer uma pizza.

Resta agora decidir onde. É por isso que estou aqui. Posso dizer com toda certeza que a pizza mais saborosa que tive o prazer de comer foi uma no Coco Bahia, Filet Molho Madeira, uma verdadeira refeição. Vale dizer que nem tudo são flores, o preço então não é nada colorido. Atendimento no local fica a desejar pela falta de organização. Como é delivery a unica preocupação fica a cargo do modo de pagamento e a demora da entrega, mas vale a pena tentar.

Para aqueles que dispõe de uma quantia razoável e que também quer qualidade aconselho o Mama's Pizza, que também tem o delivery. Já para aqueles que estão com o bolso vazio, aconselho o Buonna Pizza.

Não poderia terminar sem colocar o que eu, a partir de agora, vou chamar de "cai fora!" Rodizio da Volpi e Pasta Fast. CAI FORA!

Até hoje procuro um lugar em que possa comer uma pizza de tomate seco bem feita. É isso ai... fiquem à vontade para deixarem suas sugestões.

O Lapso

Impressões Pessoais #2: Trânsito

31 de agosto de 2010

A facilidade em adquirir um automóvel ajudou bastante a situação que nos encontramos hoje, mas evidentemente não é a principal causa e nem deve ser alterada. A meu ver possibilita uma ascensão economica de pessoas que não tem uma formação ou qualificação (já percebemos a bola de neve) para adentrar ao mercado de trabalho, então o carro se transforma num instrumento de trabalho. Obviamente a classe media e media/alta aproveita a situação e como esperado cada ente da família passa a ter seu próprio carro. O fluxo aumenta, não há suporte para tanto (percebe-se a falta de planejamento dos nossos governantes e órgãos ligados ao assunto), então engarrafamentos se tornam uma rotina na nossa cidade.
Outro problema é a falta de educação no trânsito. Para não ser hipócrita, me incluo no grupo de pessoas que não tem educação e desafio alguém que nunca tenha infringido o Código de Trânsito Brasileiro na cidade do Salvador. Solução para isso? Quem sabe começar por uma reforma moral. Depois partir para um melhor exame de habilitação (não “isso” que fazem hoje), inclusive renovação. A falta de educação de alguns contaminam os que ainda tentam ser educados.
Enquanto não tivermos um transporte de massa de qualidade, continuaremos a passar horas, a longo prazo, meses no trânsito.
O tempo que perdemos hoje, fará falta amanhã. Pensem nisso.

O Lapso

"Anotação #5"

Letras, palavras, frases, parágrafos, textos, páginas, capítulos, livros. Livros. Livros. Livros. Livros. Livros. Livros. Livros...
Para? Corre. Anda logo. Vai, vai!
Para!

O Lapso

Fica a Dica #1: Kebab

17 de agosto de 2010

Sempre existe aquela dúvida de onde ir à noite, onde almoçar, onde marcar o seu aniversário, onde ir à dois, onde comer algo que valha a pena, onde curtir uma boa música ou simplesmente onde será o happy hour. Pensando nisso resolvi criar a coluna intitulada de "Fica a Dica". Vamos ao que interessa.

Lembro-me quando a febre do temaki começou em Salvador. Era possível contar as temakerias com os dedos da mão. Hoje, nem se usassemos um abaco seria possível contabilizar todas as temakerias que abriram em Salvador. Algumas fecharam, outras ainda resistem, mas o fato é que a moda caiu no gosto dos soteropolitanos e virou quase uma rotina para os mais viciados.
Há aproximadamente 2 meses, assisti a uma reportagem do Rede Bahia Revista sobre locais gastronómicos em Salvador e dentre outros apresentados fiquei intrigado a conhecer e provar uma especialidade turca denominada Kebab, que chegou ao Brasil com pequenas diferenças do original servido na Turquia.
Infelizmente a reportagem não fez a devida propaganda do local, então tive que procurar outro que servisse o mesmo prato. Para a minha surpresa, achei um no Shopping Salvador na praça de alimentação: STAMBUL KEBAB. Pelo preço de 9,90 você experimenta um Kebab de Cordeiro, que na opinião desse que vos escreve, é uma delícia e vale cada centavo. É uma refeição saudável e diferente do que estamos acostumados.
É uma pena que os Kebab's não se tornaram ainda uma febre, mas o caminho está aberto, e basta apenas experimentar para querer repetir a dose.

O Lapso

Eu sou C-H-A-T-O !

15 de agosto de 2010



Por uma REFORMA MORAL... e continuo tentando me encaixar num todo maior.

O Lapso

We Sing, We Dance, We Steal Things

12 de agosto de 2010



"Queria ter certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou não pelo que tenho... que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude,para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo".
Mário Quintana


Tua tristeza é tão exata e hoje o dia é tão bonito, a inércia não é inerente a vida como os sonhos vem e os sonhos vão o resto é só imperfeito para esses dias tão confusos. O real se tornou tão hepático e o tempo está em um constante nublado. Cada minuto tem o peso de toneladas de chumbo para suportar tamanha falta de sentido e direção, em meio à tamanha desmotivação será que existe alguma razão? Palavras vêm e vão como o vento assovia das restas da varanda fria. Não me lembro do entusiasmo que tanto se evoca e sinto que há tempos que os jovens adoecem não sendo eu a única exceção. Tudo era igual apenas o olhar se modificou e o cuidado com aquilo que se desejou, pois finalmente pode-se dizer que seu sonho se realizou, mas continua a sensação de não está completa já que o vazio permanece a encher-la.

Nossas vidas são tão normais e o que era extraordinário já não surpreende mais, talvez para seu governo meu estado é independente mas meu presidente já não sorri mais.


Rafaela N. Franco

Impressões Pessoais #1: Contagie.

11 de agosto de 2010

Nunca gostei de escrever sobre detalhes do meu cotidiano, mas, às vezes, bate uma vontade de fazer um comentário apartado do mundo real. Foi pensando nisso que resolvi começar a coluna entitulada de "Impressões Pessoais". Vamos logo ao que interessa:

Não sou frequentador de cultos, bem verdade sempre repudiei por inúmeros motivos. Dentre todos os meus motivos para repudiar, o principal diz respeito ao fato de que sou contra o constrangimento que a maioria desses lugares causa ao frequentador quando pede uma contribuição($). É uma situação similar a dos "flanelinhas de carro", que sou contra também.
Hoje deu vontade de ir assistir, para tentar entender porque em cada esquina, da minha querida cidade, existe um. Não vou discutir religião, seria uma espécie de assunto sem fim, mas uma coisa é certa: ninguém permanece onde não se sente bem, a não ser que tenha problemas mentais ou seja forçado. Então, cada um deve procurar o seu médico lugar e o seu motivo.
Depois de toda a experiência, consegui tirar proveito de um aspecto que gostaria de compartilhar. O primeiro deles, que inspirou o subtítulo, foi o conteúdo de uma parte da palestra. É incrível como somos facilmente influenciados. Mais incrível é perceber que essa influência pode ser para coisas boas, como para coisas ruins. Tanto as boas, como as ruins são capazes de gerar um contagio sucessivo cíclico que na maioria das vezes não percebemos. A minha reflexão de hoje é no sentido de darmos continuidade aos ciclos das coisas boas e tentarmos parar o ciclo das coisas ruins antes que ela passe adiante. Como parar? Educação. Comece pedindo desculpas.
Apesar do conhecimento adquirido, mantenho minha posição sobre cultos.

O Lapso

"Anotação n- 4"

22 de julho de 2010

Projetos para o blog:

a) Criar uma ou duas colunas sobre assuntos especificos, ainda estou matutando sobre isso.

b) Trocar o layout. Já cansei desse.

c) Convidar mais escritores ativos.

d) O que surgir.

Sugestões são sempre bem vindas.

Surdo.

1 de julho de 2010

É porque gosto de ouvir o impronunciável. Tudo aquilo que as pessoas querem dizer, mas por algum motivo acabam censurando. Deve ser pela minha falta de censura, e o costume acaba se tornando a minha normalidade mal vista por alguns. Então se é para ser dito, que seja, que desça garganta abaixo daqueles surdos por opção e  dilacere os olhares dos incrédulos falsos subjetivistas que sempre soltam um sisudo "talvez" para fugir das escolhas.
Não quero que o impronunciável seja uma obrigação. Assim como o pai não é obrigado a ensinar ao filho o porquê de ser errado meter o dedo no interruptor da tomada, basta dizer que não pode e sua autoridade de pai se mostrará suficiente. O filho obedecerá naquele instante em que os olhos do pai o mantêm inerte. Mas para o filho, que não sabe ainda a importância da explicação impronunciada pelo pai, a única coisa válida é a curiosidade de saber porque o pai tinha advertido-o com tanta rispidez. Não custava ao pai dar explicações ao filho, foi uma escolha sua, uma censura vinda da sua própria infância quando o seu pai, avô desta criança, fizera o mesmo com ele. A dificuldade de romper essa linha de raciocínio não deve se tornar uma obrigação, e sim uma evolução natural que vestirá o nosso corpo com perfeição.
Gosto do impronunciável porque me faz pensar. Me faz questionar o porque do por que. E se nada disso faz sentido, aceite, sem questionar, o fato de que gostamos de ouvir frases prontas e que não estamos preparados para ouvir novas idéias. A surdez se faz presente apenas para filtrar o que não nos é agradável aos ouvidos. Uma surdez psicológica que tem como inimigo, as críticas mais ácidas das nossas escolhas. É disso que se trata o impronunciável, palavras ácidas demais para serem digeridas com leveza e tranquilidade. Palavras tão indigestas que até para serem pronunciadas, dói o âmago como se estivéssemos dando uma rosa para uma pessoa querida, segurando a dor de ter os espinhos na própria mão.
Aqueles que permanecem surdos por muito tempo, acabam esquecendo como falar de verdade sobre a verdade. Acabam perdendo o tato das palavras e deixam ser manipulados facilmente. Para que haja o grito ele tem de ser ouvido.

O Lapso

Uma Pedra

21 de junho de 2010

Dificuldade sempre existirá para aqueles que não desistem. A primeira pedra na verdade é apenas uma pedra, e se formos contá-las é melhor deixar os dedos em alerta e a mente fresca para não perder a conta. Para os que já dão o primeiro passo pensando que uma dessas pedras não existe e que basta um pulinho despretensioso, como aqueles que nós damos quando jogamos amarelinha, e “voilà” tudo se resolve num passe de mágica é quase esperar que um milagre aconteça, fantasiosamente.
Sonhos a parte, e aqui gostaria de enriquecer o leitor de otimismo, não podemos carregar todas as pedras passadas e de fato nem devemos pensar que é possível. O caminho é que deve se tornar um mapa cheio de atalhos. Pra que tudo isso? Para dizer que aprender a lidar com problemas e dificuldades do nosso cotidiano só nos traz benefícios. Para dizer que criar o seu próprio caminho significa conhecer seus atalhos e aprender a ser leve.
Há duas maneiras de passar por uma pedra. A primeira, particularmente a que eu sou mais adepto, é tirando ela do caminho para que no futuro não haja riscos de você ser atropelado pela mesma pedra por descuido. A segunda maneira, e geralmente mais aceita pelos malandros, é dar um jeitinho de desviar. O que eles não sabem é que quando se desvia se perde o caminho original e consequentemente o seu destino. Vontade legítima e ousadia trazem a tona o sucesso dos que conseguem chamar olhares para além das pedras.

"Com freqüência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça e da falta de vontade legítima."

O Lapso

Letras Impublicaveis

20 de junho de 2010

Jornal Corredor Online                                                                                                     30/01/2010

Na noite do fatídico dia, João saiu de casa a mando da sua esposa Maria sem maiores explicações. O casal, juntos há pouco mais de um ano, segundo os vizinhos, vivia tendo brigas e pequenas discussões públicas, mas era a primeira vez que João teve que deixar o lar sem saber o que tinha ou não tinha feito. Insatisfeito com a atitude da sua querida esposa que não procurou o diálogo, João dirigiu-se ao Bar do Manoel, pediu a sua primeira cerveja e sentou-se solitário na mesa. Lá pelas tantas da noite e depois de ter perdido as contas de quantas cervejas já tinha bebido, João percebeu que um olhar estava lhe secando. Estava tão triste que pensou ser imaginação sua, restava-lhe ainda um mínimo de consciência pois sabia da armadilha que a vida estava armando para ele. Caiu. O dia seguinte foi tão normal como todos os outros dias da vida de João e Maria. As brigas continuaram, mas João já era Pedro. Maria era uma Maria e Pedro não sabia disso pois só tinha olhos para uma outra Ana.

                                                                                                                                               O Redator.
Comentários:

Amigo de João em 29/01/2010: "- Que loucura!"
João em 29/01/2010: "- Que merda foi essa?!"
Qualquer pessoa em 31/01/2010: "- O que vocês vão fazer amanhã?"
Maria em 30/01/2011: "- Que filho da puta escroto! Problema é dele..."
Anônimo em 31/01/2011: "- Ainda isso? ¬¬ "
Pedro em 31/01/2011: "- Ham?!"
Autor do blog em 31/01/2011: "- Vou fingir que nao me importo como qualquer pessoa.... que banho de agua fria!!"

O Lapso

Pequena Definição...

17 de junho de 2010



Inquietude é a falta de um desejo
para que se continue a lutar
talvez seja uma fase,
seja medo, pois algo pode estar prestes a mudar....

Nada esta no lugar em que deveria estar,
É um questão de tempo para tudo se alterar...

Essa é a sensação de incerteza que acaba de se instalar.



Rafaela N. Franco

"Anotação nº 3"

11 de junho de 2010

EXTRA! EXTRA!

Notícia velha ainda vende jornal.
Notícia nova fica no rascunho.

O Lapso

Se você achava que sabia dançar... reveja seus conceitos!

8 de junho de 2010


Eu ri até depois do final.
Só para descontrair o Blog nesse meu período de provas.

Paródia

23 de maio de 2010

A música tocou, em sua forma clássica, no seu exato compasso e suas devidas pausas. Eram apenas pausas para que a respiração voltasse ao normal. Momentos em que diminuíam o volume para poder dançar conforme a melhor música. Ali regia o compasso dos seus corações numa inimaginável sincronia.
A música já não fazia tanta diferença nessa hora, o que importava era a letra que foi composta por um dos corações apenas. Não sobrava espaço para dois corações no mesmo ritmo. A coreografia inevitavelmente era diferente e não havia ajuste possível. Erravam passos básicos no vai e vem angustiante.
Era apenas uma paródia da música que ainda viria a ser inventada. Composição na medida certa para reger o que há de melhor e pior.
Quero o G do amanhã, deixar apenas o E para ontem, porque hoje só tenho C. A paródia me faz rir e sorrir. Por que a música que tocou de verdade só começou a ser ouvida, agora, por mais de um sem espaços para composições, é a melhor parte do improviso.

O Lapso

"Anotação nº 2"

15 de maio de 2010

Existe melhor lugar para encontrar ideias e defender sua opinião, mesmo que tudo não se resuma a jogar conversa fora? Melhor lugar para dar risada, encontrar olhares e sorrisos? Lugar onde tudo torne-se lar dos amigos e ao mesmo tempo cabaré dos amantes. Nada como uma mesa de bar.
"É lugar para tudo que é papo da vida rolar..."

Aprecie com moderação e cuidado.

O Lapso

Segredo

12 de maio de 2010

Um dia desses quis saber dos segredos do universo. Deitado na rede, à noite, no sereno, curioso, perguntei à figura que teimava em estar ao meu lado, sempre nos meus momentos de reflexão, se algum dia eu terei as respostas que tanto procuro. O mais estranho de tudo isso foi que percebi quantos segredos nós somos capazes de guardar (ou não guardar para alguns) e se em algum momento o espaço disponível para tanta coisa seria suficiente para nossa cabeça tão limitada. Ninguém é de ferro... por mais que haja promessas e mais promessas de que um segredo será guardado “a sete chaves” independentemente da pessoa a quem foi confiado, no final das contas todas elas estão no mesmo molho. O que você quer dizer com isso? Se alguma coisa é de fato um segredo seu, então não conte a ninguém. 
O que o universo nos contou não era para ser surpresa, nem novidade. Estava ali apenas para ser perguntado, descoberto ou percebido. Não é segredo. Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a, nunca fui segredo para ninguém, o universo fez o papel de contar a todos sobre mim, bastava apenas a percepção aguçada de um bom observador. O que o universo não contou, tornou-se o meu segredo, que só saberei quando for a hora certa.
Guardo os meus segredos e de muitas outras pessoas, guardo comigo um peso que o universo conhece. As vezes o universo é pouco e os pensamentos vão além e aquém. Nessas horas, a figura desaparecia e me deixava sozinho com as minhas contas incalculáveis. Me restava recorrer ao ceu, que no seu estado mais perfeito, mostrava todos os tons, os sons e a luz que reluzia no vidro e voltava para assegurar que o ser volatil era apenas um das suas essencias, regada ao velho vinho vermelho à pressão de uma verdade ou mentira de um suposto segredo que o universo não quis me contar. Mas e daí? A fuga para a ignorancia sempre foi um caminho para a falsa felicidade, mas que por hora era suficientemente esperada.

O Lapso

Rumo a Copa 2014!

11 de maio de 2010

Tema de bastante polemica foi a recente merda escalação da  Selecao Brasileira de Futebol feita por Zangado Dunga hoje. Finalmente ele conseguiu enterrar o sonho de ser hexa esse ano com uma escalação mediocre. Resta agora sonhar com a Copa de 2014... porque a de 2010 perdeu a graça. Segue escalacao com os devidos posicao/nomes/time/pais.

Goleiros: Doni (Roma/ITA), Gomes (Tottenham/ING) e Julio César (Internazionale/ITA);

Laterais: Daniel Alves (Barcelona/ESP), Maicon (Internazionale), Michel Bastos (Lyon/FRA) e Gilberto (Cruzeiro);

Zagueiros: Juan (Roma/ITA), Lucio (Internazionale/ITA), Luisão (Benfica/POR) e Thiago Silva (Milan/ITA)

Meias: Felipe Mello (Juventus/ITA), Gilberto Silva (Panathinaikos/GRE), Josué (Wolfbsurg/ALE), Ramires (Benfica/POR), Elano (Galatasaray/TUR), Julio Baptista (Roma/ITA) e Kaká (Real Madrid/ESP), Kleberson (Flamengo);

Atacantes: Grafite (Wolfsburg/ALE), Luís Fabiano (Sevilla/ESP), Nilmar (Villarreal/ESP) e Robinho (Santos)

A frase que mais vi no orkut foi essa: "Dunga não convocou Ganso e a gente é que paga o pato." A meu ver, isso só mostra o quanto cabeça dura pode ser uma pessoa. Enfim... vamos torcer mesmo assim...

O Lapso

8 de maio de 2010
























O Mar
Já fui o mar primitivo.
Que moldado, pelo fogo e a vida, passei por um processo evolutivo.
Já fui o mar, onde deságua a foz de muitos rios.
Carregando segmentos de suas curvas ou a força dos planaltos.
Já fui o mar do norte, com águas frias e repletas de vida.
Já fui o mar revolto.
Que com a fúria da correnteza, afogava sem fim.
Já fui o mar do descobrimento.
Levando até mundos e emoções desconhecidas.
Hoje sou o mar de uma baia, que de tão sereno lembra um lago.
Porém não estou limitado como um lago, pois me renovo com a maré.
As pedras que batem no espelho d’àgua decantam pacificamente até o fundo.
Nesse lapso observo com a perícia de muitos naufrágios e as conduzo até seu leito.
Não é o fundo do poço, é o fundo do mar.
Sou azul não pela minha essência, mas pelo reflexo do céu.
Mas como uma nuvem ligeira, vou pelos mares do mundo.


Observação: O nome Nuvem Ligeira não foi escolhido aleatoriamente. Representa uma parte de mim, mas não de você.

Como de costume essa foto foi tirada por mim no município de Serra Grande, próximo a Itararé-Bahia

O Corpo Estranho

6 de maio de 2010




O corpo tem uma pele
Que externa a cor pálida
O Corpo tem ossos
Que mantêm sua estrutura, mesmo quando os músculos são ausentes.
O corpo tem olhos.
Que mantêm um olhar perdido, na direção errada.
O corpo tem um rosto.
Que se oculta por tras de uma crescente barba.
O corpo tem lábios
Que se encontram fechados
O corpo tem um coração
Que salta a boca
O corpo tinha uma alma.
Que se encontra destruída,
Ou perdida em suas profundezas.
O corpo está inerte, mas não está parado.
Será essa o pior tipo de prisão.
Apenas um corpo ao seu lado

Ricardo Monteiro da Rocha Franco Filho


Criado entre os dias 18 e 24/12/2009

Meses depois, enquanto organizavas meus arquivos, encontrei esse texto. No primeiro olhar parecia uma obra estranha, mas familiar. Algo estranho para um texto de minha autoria, fruto de um momento de pouca consciência.

*Obs: A imagem de minha autoria, foi fotografada em Guarajuba.

"Penso, logo existo."

5 de maio de 2010

Sentei na cadeira, olhei para a tela em branco do Word e pela primeira vez depois de muito tempo não tenho nada a dizer. Deu um branco de repente! Como se eu tivesse apagado da memória tudo o que eu já escrevi sem censuras (e sempre foi assim). Estava lendo alguns textos antigos para tentar relembrar quem eu sou e como cheguei até o hoje. Estranho como não me reconheci em vários deles. Fiquei feliz com isso, porque se eu não soubesse que todos eles foram escritos por mim, vez que minha assinatura sempre presente, no final, me lembrasse que eu pensei daquela maneira, eu diria que não me reconheço hoje. É claro que isso é bom. Senti orgulho do que eu venho tentando passar para as pessoas que lêem meus textos e conseguem de alguma forma retirar algum conhecimento (nem que seja uma nova maneira de pensar), alguma experiência nova ou até que eu consiga extrair um sorriso/lagrima apenas. Minha missão aqui sempre foi plantar e esperar que as pessoas colham seus próprios frutos. Mas nada impede que eu possa colher os meus frutos, e me percebi fazendo isso esses dias.
Não bastante tudo isso, ventos bons trazem aquela velha felicidade e quem sabe um novo lapso entusiasmado
para novas idéias e velhos estilos...

O Lapso

Sinal Fechado

4 de maio de 2010

Composição: Paulinho da Viola

– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E
você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!

Fato Verídico

24 de abril de 2010

Sem pretensão alguma foi tomando conta do espaço que lhe fora reservado. No início era pouco, um cantinho qualquer que mal cabia toda a sua presença e isso não lhe faltava, sabia que seu aspecto e sua existência independiam de olhares. Transbordou e foi se espalhando por outros cantos com todo o seu encanto. Seduziu-me com toda sua singularidade sem mostrar seus vícios. Suas manias, por exemplo, só a tornavam mais visível e mais presente. Era a felicidade pela felicidade que suprimia todos aqueles pensamentos, vontades e defeitos de uma pessoa egoísta e calculista.
Ao fechar os olhos, se permitia imaginar sem os pés no chão, para não correr o risco de tropeçar. Sem medo do risco, seguia em frente com sua força de uma formiga. Então, apesar das saudades, dos versos escritos e da insistência pelo prazer, sabia que o sorriso era a única coisa que lhe tornava menos maquina e mais humano.
De olhos abertos o que lhe restara era uma voz que lhe atingia o peito e lhe tornava objeto inanimado ansioso pelas mais belas canções que nunca haveriam de chegar. Tudo havia sido preenchido por tantas coisas... e foi assim que aconteceu, fato.

O Lapso

"... Será que alguém saberá dizer..."

18 de abril de 2010

Quando alguma coisa acontece e eu não sei explicar o porquê, automaticamente me vêm a cabeça todas as hipóteses. Desde a mais complexa e impossível até a mais ridícula e improvável. As possíveis são tão sem graça que passam desapercebidas, cinzas. Temos a necessidade de complicar as coisas que deveriam ser mais simples (confesso que essa complexidade dá um “quê” a mais na nossa vida e faz com que a gente tenha prazer em pensar e viver). As mais mirabolantes são coloridas, mas não precisam ser necessariamente um arco-íris. Mesmo sem ter a certeza da cor, já me sinto mais leve só de pensar. Me sinto mais branco ou de uma cor só, até o cinza desapercebido. O que eu já sabia é que não tenho afiinidade para ser multicolorido. Já não sou mais o elo fraco que pensava ser, deixei de ser elo e não há corrente. Será que alguém saberá dizer quem é e o que é?
É tudo uma questão de identidade. Nada que o tempo não mostre a verdade, ele sempre faz. Vou apagando devagarzinho e com cuidado as imperfeições do meu desenho.
Como uma criança, feliz, quando recebe aquela revistinha onde se esconde uma figura que só será descoberta quando todos os pontos forem ligados. O que a criança percebe, desde o inicio, é que nem sempre é necessário ligar todos os pontos para saber qual figura se mostrará.

O Lapso

"Anotação nº 1"

12 de abril de 2010

Apenas a título de anotação, farei rápidos pensamentos no estilo tweet.

Ma(i)s o tempo passa, as mesmas esperanças. A única coisa que muda é a intensidade. A existência também é a mesma, única.
Aqui deixo a proporção Tempo x Intensidade. Quem é capaz de estabelecer uma teoria?

Força

25 de março de 2010

Quem acha que pode tudo e que sempre estará disposto a enfrentar qualquer coisa, não andou por onde andei. Não lutou pelo o que eu lutei. Não sonhou o que eu sonhei. Não construiu o que venho tentando construir. Com certeza não viveu o que eu não vivi. Se parei na metade do caminho, não foi pela queda, não foi por não querer seguir em frente e insistir no caminho. Não foi por achar que a batalha estava perdida. Foi porque o próximo passo era muito largo para a força que sobrou.

A ajuda, que nessa hora viria como um copo d’água num deserto, se acomodou e pacificou. Tornou-se palavras com sentidos e sentimentos, mas apenas isso. Não saberia dizer quem precisava de ajuda naquele momento, mas uma coisa era certa, a força se renovaria e a possibilidade de continuar a crescer e seguir em frente seria mais uma vez uma realidade.  Se na nossa vida tivéssemos um despertador do tempo, para nos dizer quando devemos fazer ou não fazer alguma coisa, quando estamos prontos ou não, não sobraria tempo para pensar.

Sem saber que já tinha tudo para dar um passo largo e chegar ao outro lado, que poderia arriscar, ficou inerte, pensando e criando o medo. Seria necessário, agora, uma mutação de tudo que passava pela sua cabeça. Uma transformação completa e uma ajuda plena. Estava tudo tão cômodo e fácil. se continuasse assim, mas o dificil é conquistado e valorado. Alguma coisa deveria acontecer para que despertasse a vontade em partir a mais uma vitoria. Mesmo que tudo indicasse que o rio deve apenas correr em uma só direção, não significa que temos que segui-lo. Nós mesmos podemos intervir no caminho que estamos a trilhar,  mas sozinho não tenho forças para ter uma atitude e vencer o medo que surgiu aos poucos, mas que tornou-se uma base capaz de sustentar uma tragédia. Mas tenho fé e acredito no que fomos e somos capazes de fazer por saber da grandiosidade de cada um. Aqui a matematica se rende a um proposito maior. Eu acredito, não perdi porque a força nunca deixou de existir.

O Lapso

Oat Hair

13 de março de 2010

Your oat hair,
Jeans and red leather coat
Swimming in a boat
Through my heart seas

Floating into the veins
Of my brains
Do I even need to complain?
For a reason to be insane?

A rebel without a cause
Turning upside down
What once was my house

Look into my eyes
Like they were your blue sky
Flay away, lat’s jump from today
Go to the time that I’ll be able
To say
- I’ve no regrets
About the time we’ve past!

Rafaela N Franco

Vai e volta.

11 de março de 2010

Na nossa dinâmica da vida aparentemente sem lógica, damos um ponto aqui. Continuamos escrevendo, construindo nosso texto, até que finalmente damos outro ponto ali. Perdermos algumas vírgulas pelo caminho, achamos algumas travessões nos cantinhos, até que chegamos ao suposto ponto final. Então de repente tudo vira pó. Só para saber que ainda podemos construir nosso castelo de areia com o pó que sobrou e esperar pelas reticências...
Se comemos em excesso, engordamos. Se deixamos de comer, morremos. Procuramos o equilíbrio para sobreviver, desejamos o peso ideal das relações. Perceba que o problema não é a comida. O problema está na importância que damos a ela, nas escolhas que fazemos, e nas consequências dessas escolhas. Escolhemos comer demais, deixar de comer ou sobreviver. Tudo isso está, de certo modo, conectado. Aqui não se espera as melhores, nem as piores escolhas. Não temos que acertar nem errar, mas saber o que estamos fazendo.
Então se há faltas - e aqui falta em ambos os sentidos: culpa e ausência -, houve escolhas certas ou erradas, mesmo que o “não fazer” seja no mínimo uma escolha do inconsciente. Nada mais puro que o nosso inconsciente, nele se perfaz nossa culpa e o peso das escolhas. Nessa hora o consciente faz a parte dele para mostrar que somos egoístas em pensar apenas no nosso bem estar e o resto "ahhh".
E quando não há permissão? Tudo vai sendo atropelado por escolhas e escolhas e pontos e vírgulas e pensamentos e dúvidas e... eu sei onde vai parar, e já fiz minha escolha. Eu não joguei com cartas marcadas e nem pedi para jogar um jogo idiota que nunca existiu, pelo contrário, fui sincero, natural e verdadeiro - diferente. Fui forte até onde me foi possível, porque meu sangue, por dentro, nunca será frio e sempre vermelho. Acreditei até o momento em que perdi a esperança, mesmo que tudo já tivesse perdido e nada estivesse definido. Mesmo sem limites, parei na desistência infundada, mas ainda assim desistência. Nada é o que parece ser, então tudo de repente ficou inconfortavelmente subentendido, mas nunca estarei sozinho. Basta que a gente veja um pouco a frente do agora. A dinâmica vai e volta e vai e volta... tolo é aquele que não sabe disso. As palavras agora são apenas desculpas e desculpa.

O Lapso

Data venia

2 de março de 2010

Preciso de algo para acreditar, qualquer sinal que me faça perder o olhar e depois vê-lo brilhar. Qualquer gesto singular e particular para que eu possa parar de pensar. Por que pensar é bloquear qualquer forma de expressão que eu não queira mostrar. Tive medo de arriscar, ensaiei uma cena dramática, tão natural quanto o tocar, mas não pude recorrer sem saber o que vem de lá. Às vezes não presto atenção nos detalhes, sou egoísta e desatento, mas me subestimar é pedir para atentar. Preciso apenas acordar, só então conseguirei ver as cores das flores e ouvir o canto dos pássaros, que na sua beleza própria são livres para ser o que desejar. De todos os caminhos que estou a trilhar, só penso naquele que quero cruzar. Em paralelo não me serve, então calo se desejar. Uma preocupação a mais pela distancia que tenho receio em tomar, nunca por querer assim. Mais feliz eu serei um dia em que em mim possam acreditar e confiar.

O Lapso

"And the Oscar goes to..."

26 de fevereiro de 2010

Desde 1929 a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood realiza a entrega do prêmio mais almejado por quem é do ramo cinematográfico. O Oscar é entregue anualmente e significa reconhecimento, realização e qualidade.
Esse ano não poderia ser diferente. No próximo dia 7 de março ocorre a cerimônia de entrega. Dentre alguns dos filmes indicados e algumas das suas categorias estão:

Melhor filme
“Avatar”
“The Blind Sinde”
“Distrito 9″
“Educação”
“Guerra ao Terror”
“Bastados Inglórios”
“Preciosa”
“Um Homem Sério”
“Up – Altas Aventuras”
“Amor Sem Escalas”
Melhor diretor
James Cameron, “Avatar”
Kathryn Bigelow, “Guerra ao Terror”
Quentin Tarantino, “Bastardos Inglórios”
Lee Daniels, “Preciosa”
Jason Reitman, “Amor Sem Escalas”
Melhor ator
Jeff Bridges, “Crazy Heart”
George Clooney, “Amor Sem Escalas”
Colin Firth, “A Single Man”
Morgan Freeman, “Invictus”
Jeremy Rennet, “Guerra ao Terror”
Melhor filme estrangeiro
“Teta Assustada”, Peru
“A Fita Branca”, Alemanha
“O Profeta”, França
“Ajami”, Israel
“O Segredo de Seus Olhos”, Argentina
Melhor atriz
Sandra Bullock, “The Blind Side”
Helen Mirren, “The Last Station”
Carey Mulligan, “Educação”
Gabourey Sidibe, “Preciosa”
Meryl Streep, “Julie & Julia”
Melhor ator coadjuvante
Matt Damon, “Invictus”
Woody Harrelson, “The Messenger”
Christopher Plummer, “The Last Station”
Stanley Tucci, “Um Olhar do Paraíso”
Christoph Waltz, “Bastardos Inglórios”
Melhor atriz coadjuvante
Penelope Cruz, “Nine”
Vera Farmiga, “Amor Sem Escalas”
Maggi, “Crazy Heart”
Anna Kendrick, “Amor Sem Escalas”
Mo’Nique, “Preciosa”
Melhor animação
“O Fantástico Sr. Raposo”
“Coraline e o Mundo Secreto”
“Up – Altas Aventuras”
“A Princesa e o Sapo”
“The Secret of Kells”

Alguns comentários devem ser feitos diante das indicações, bem como dos próprios filmes e atuações. Não é de hoje que se comenta a injustiça do Oscar ao deixar de indicar alguns filmes. Vale ressaltar que é um prêmio do cinema americano, feito no cinema americano e para o cinema americano. A coerência às vezes foge aos olhos dos mais velhos, mas deixando um pouco de lado essa pequena falha, que não estraga de forma nenhuma o brilhantismo do evento e do prêmio, e partindo para os filmes que estão sob os holofotes do mundo, fico satisfeito, como bom cinéfilo e crítico, em ter assistido mais da metade dos filmes antes da própria indicação.
Como melhor filme, o favorito é sem dúvida “Avatar” principalmente pela sua expressão futurista e o abuso da tecnologia, entretanto “Guerra ao Terror” não fica muito atrás, deixando aquele gostinho de incerteza no ar. Dentre os indicados ficaria entre “Avatar” e “Preciosa”, apesar do segundo forçar um pouco. O filme “The Road” deveria ter sido indicado.
Como melhor direção, a favorita é Kathryn Bigelow em “Guerra ao Terror”, mas Quentin Tarantino em “Bastardos Inglórios” e James Cameron em “Avatar” seguem na disputa pela categoria, tendo Cameron certa vantagem por ser o favorito ao melhor filme. Dentre os indicados escolheria entre Kathryn Bigelow em “Guerra ao Terror” e Quentin Tarantino em “Bastardos Inglórios”.
Como melhor ator, os favoritos são George Clooney em “Amor Sem Escalas” e Morgan Freeman em “Invictus”. Apesar da bela atuação de George, nada se compara a fazer o papel de Nelson Mandela, um ser memorável.
Como melhor atriz, Carey Mulligan em “Educação” é a favorita, mas a indicação de Sandra Bullock em “The Blind Side” foi uma surpresa e não vai ser fácil a decisão. Já a novata Gabourey Sidibe em “Preciosa” atuou esplendorosamente, mas a Academia não costuma dar seu prêmio aos novatos. Sandra Bullock já fez atuações melhores e meu ponto de vista o prêmio deveria ser dado a Gabourey Sidibe.
Sobre melhor ator e atriz coadjuvantes, Christoph Waltz em “Bastardos Inglórios” e Mo’Nique em “Preciosa” sem dúvida são excelentes escolhas. O brilho da atuação de ambos é assunto freqüente pelos críticos do cinema.
Quando o assunto é melhor animação, o filme “Up – Altas Aventuras” não deixa para nenhum outro. O enredo do filme é simplesmente fantástico e sua qualidade incomparável.
A maior injustiça do Oscar é ter de escolher apenas um filme estrangeiro, quando todos são dignos do prêmio, mas como foi dito é uma premiação americana. Então para ser coerente a minha posição, não tenho favoritos.


O Lapso

ps.: breve um post com meus filmes favoritos e comentários.

Silêncio!

18 de fevereiro de 2010

Psiu! Pare para ouvir. Está escutando? Feche os olhos. Ainda nada? Concentre-se. E agora?

Inspire e respire. Abra os olhos e preste atenção em tudo que está ao seu redor. Não precisa se ter pressa.

Atente para os detalhes. A cor. O cheiro. Textura. Cada dobra, volta, ou aresta.



Pense no sorriso das pessoas que te querem bem. O conforto que lhe traz saber que você pode fazer bem a elas também.

Apague todo o passado que lhe faz mal. As mágoas, as raivas, os desentendimentos, frustrações, tudo aquilo que lhe leva para baixo. Deixe apenas as dificuldades, os limites (vencidos e a vencer), vontades, e sobretudo o coração aberto.

Já se sente mais leve? Se não, volte ao começo. Nada mudou? Então siga adiante. Consegue ouvir sua respiração? Então vamos começar juntos.

...

...

Se você ainda não conseguiu entender, então comece seu ano em silêncio.

Assim, finalmente, começo meu ano de 2010.
O Lapso

Só tentar.

15 de fevereiro de 2010

Ninguém poderá bater o pé, firme no chão e convicto, dizendo que não estou tentando. Tudo é mais devagar do que eu pensava que poderia ser. Quem nunca esteve indeciso não sabe do que estou falando. Não é como ter caminhos a seguir e escolher um deles. Eu sempre esperei criar o meu próprio caminho ao invés de percorrer aqueles já inventados. O que mais toma meu pensamento, hoje, gira em torno de como eu era cerca de 3 anos atrás. Um idiota feliz que vivia dando risada de si e conseguia com facilidade fazer alguém sorrir. Hoje um idiota triste que sente dificuldade em ser natural. Tudo passou de um colorido para um cinza pálido. Antes bastava o meu próprio agrado e tudo estava bem. Estou tentando voltar a ser o que era antes. Para ser sincero, cansei do social e de tentar agradar algozes e não ter o afago, mesmo que irreal. Sou avesso do que mostro hoje e já não era tempo de perceber o sinal da volta. Quem sabe depois poderei reconstruir aquela ingenuidade de um sonhador, destruída tanto por mim, quanto pelo meu amor, para novamente, e só assim, tentar. Porque agora me basta fazer das minhas velhas tentativas, lição e incentivo. Virar rascunho da minha vida e permitir tudo novamente. Só tentar e conseguir. Estou preparado para o que vier.

O Lapso

Orgulho

7 de fevereiro de 2010

Afinal de contas, do que se trata? Partindo para a definição mais fria, tirada do pai dos burros, entende-se como "elevado conceito que alguém faz de si próprio", "amor-próprio exagerado" e até mesmo "soberba ridícula", entre outros conceitos que não fazem parte do significado que quero passar. O orgulho em excesso, de fato, pode se transformar em vaidade, sendo visto apenas como uma emoção negativa e destrutiva. Deixando um pouco de lado a parte técnica e partindo ao dilemático paradoxo, que aqui venho questionar, pergunto-me: Até que ponto deixamos de ter amor próprio (ou simplesmente quando é que não devemos ter) para chegar ao orgulho? Quando não temos amor próprio corremos o risco de ser pisado, explorado e enganado. Tudo passa sem importância (tudo é normal e aceitável) e tudo isso acaba nos destruindo de alguma maneira. Quando temos amor próprio, podemos, fatalmente, deixar escapar coisas que ainda podem nos fazer bem (a vida é efémera) e mesmo sabendo dessa possibilidade e tendo esperança, decidimos ceder ao senso comum e damos ouvidos a uma voz que aparentemente parece ser a nossa consciência (será?). Quem sabe quanta coisa podemos perder (ou deixar de ganhar) ao ouvir essa voz. Agora nada se compara ao orgulho. Quando somos orgulhosos, ferimos a nós e aos outros. Aqui cabe um texto incrível, e que consegue mostrar a realidade, que li por ai na internet:

"Quem já não – ao ser tomado pelo ímpeto e na certeza de estar fazendo a coisa certa – feriu aquela pessoa com quem se convive? Seja numa resposta “atravessada” ou numa atitude grosseira contribuímos de alguma forma com a divisão ou o isolamento das amizades. Passado algum tempo, já com a “cabeça fria”, percebemos que procedemos de maneira equivocada – ferindo pessoas ou até mesmo nos ferindo.
Refletir sobre o nosso ato nos ajuda a perceber o momento em que agimos precipitadamente; e dessa reflexão vem o remorso, o qual nos prepara para o pedido de desculpas.

Reconhecer que fomos precipitados nos argumentos, significa, muitas vezes, humilhar-se e se fazer pequeno, reconhecer que errou. Perdoar não é ter “amnésia” sobre o ocorrido, mas sim, disponibilizar-se a restabelecer o relacionamento abalado.

Do remorso ao perdão há uma pequena distância, mas o espaço é grande o bastante para residir o orgulho. Sentimento este que nos tentará convencer de que o ato de se desculpar ou reconhecer seu erro é atitude dos fracos.

Por outro lado, infelizmente, há pessoas que não aceitam as nossas desculpas. Preferem romper com os laços afetivos em vez de crescer e amadurecer por meio dos exercícios apresentados pela vida. Insistem em manter a irredutibilidade e a prepotência, que pensam possuir, em vez de dar o passo que romperá com as correntes que as prendem. Talvez querendo cumprir a lei do “olho por olho, dente por dente”, esperam por um momento de revanche. Enquanto isso, desperdiçam tempo e amargam seus dias, remoendo o que já está resolvido para aquele que se dispôs a se desculpar.

A vida é muito curta para se gastar o precioso tempo com comportamentos que não trazem a sustentabilidade de nossas convivências. Pedir ou conceder perdão não nos exige mais do que podemos agüentar. Sabemos de pessoas que gastam muito tempo buscando motivos para justificar suas infelizes atitudes, em vez de adotar gestos de humildade e agir de maneira diferente. Na verdade, elas são vítimas do orgulho, que mata pessoas e sentimentos!

Mais importante – do que lembrar que não devemos desculpar – seria fazer uso da faculdade de reflexão e reconhecer que ninguém está acima dos lapsos e erros. Pois aquele que errou hoje, poderá ser você amanhã…"

Eu sou extremamente orgulhoso, mas tento dar meus pequenos e tímidos passos (já melhorei muito) para romper esse limite.

O Lapso
Ps.: Tentando escrever um texto decente sobre cinema.

Confusion

1 de fevereiro de 2010

You should know I am such a fake
And I full of anger.. of all this shit
And I hate you all and those corrosives little lie of yours
Messed up lives

Fuck up guys
Go live your so ordinary
And sick freak lives
You may think you are normal
But you are not
and so ain’t I!

It doesn’t have a solution
So don’t think you are gonna do a revolution
And change everybody’s minds!


Rafaela N Franco

Desculpas

29 de janeiro de 2010

Me desculpa por tudo?
Me perdoa por ser assim?
por ser diferente
por não te amar
por não me me amar
Me perdoa por fazer você por mim se apaixonar?
Por querer demais
me empolgar com tudo e depois voltar atras...

Me perdoa por favor
Por fazer você se preocupar com minhas loucuras
E te chatiar, por te confundir e te amar
E por querer com tudo acabar?

Me desculpa pelas desculpas
É que é ridículo ninguém levar
a culpa por tudo como está
e se a culpa é de todos
porque ninguém pede desculpas?

Sempre erramos,
Seja eu , você ou ele
Então acho que vale a pena pedir desculpas
Pois mostra que você reconheceu o erro
Que pensou no que fez e que talvez ,
talvez vá mudar.

Rafaela N Franco

The last Tip

27 de janeiro de 2010

I chase suffering
I chase pain
It's almost as if I am addicted to it

It just takes me time to
Find someone who hates me
Or just can’t be with me
That I automatically fall in love with this person
How can this be fuking bloody possible?!

Guess what?
Maybe this is a signal
For me to understand
That I don’t belong here
I guess I never did

So I will be doing society a favor
By ending this all for once

If you may allow
I give this last tip

-Keep on dreaming
Is the best you can do
Life isn’t perfect
And so aren’t you.


Rafaela N Franco

Doce Veneno (parte II)

22 de janeiro de 2010


Ainda o amo
Nunca parei de amá-lo
Apesar de me intoxicar com seu veneno
Inúmeras vezes causando inúmeros machucados
Sangramento, cicatrizes, magoa, dores, rancores, trauma.
Cheguei inclusive bem perto do precipício da morte ao misturar
Seu veneno com outros psicoativos do cotidiano como
Insegurança, medo e autodestruição em doses elevadas e extremamente perigosas

E mesmo depois disso tudo
Ainda procuro esse veneno
Feito sob medida pra mim
O veneno puro, no qual sua essência
nobre me causa extremo desejo.
Busco por ele
Para assim mais uma vez saciar meu vício
Apenas inalando quem sabe o odor malicioso
Dessa poção corrosiva ao meu coração

Mas que estupidez
Todos sabem que depois da primeira tragada não a mais volta
o desejo por ele continua
sendo assim para saciar meu vício
obrigo-me a adotar genéricos
que ao longo do tempo já não conseguem nem mesmo
provocar efeito paliativo em mim.

Não consigo obter o mesmo efeito daquele veneno puro
Minha heroína particular
Só consigo me sentir plenamente felizes com doses e overdoses daquela porcaria tóxica
E o mais curioso é que em mais ninguém tal substância conseguem atingir o mesmo efeito
I don't believe that anybody
feels the way I do about you now (8)

Sou uma drogada, viciada, indolente
Burra, feia, teimosa e autodestrutiva…
- É, eu sei!

Mas eu sei que não adianta negar
Eu não consigo controlar
Meus vícios, meus sentimentos

A dor da ausência chega a ser infinitamente
Pior do que a dor da intoxicação
Em todas as opções sempre haverá dor
Isso eu sei é inevitável
E eu, como sempre, acabo vomitando/jorrando
Sentimentos, palavras, vida, dores
Tudo isso em um papel estúpido e impotente.

Posso ficar anestesiada
Com o efeito de remédio
Para conter grandes períodos
Da minha abstinência
Ficar no “mode” automático, sem vida
Por meses, dias ou horas...
Ou posso sangrar jorrar e
Metralhar palavras, euforia, tensão, indigestão...
Gritando de dor, mas ao menos sentindo que estou viva.

E mesmo todos esses efeitos de abstinencia
não são piores
Do que ficar sem me drogar

Apesar de toda essa minha loucura
Existe é claro uma pontada inconsciente
De que em algum ponto ou dia
O veneno que eu produzo Seja capaz de
Neutralizar o veneno no qual sou/venha à me
torne viciada
E assim quem sabe formar um antídoto
Para minha dor.
Essa seria uma das minhas soluções utópicas
para todas essas drogas, para todo esse mundo.


Rafaela N Franco

Inquietude

18 de janeiro de 2010

Eu paro de pensar, perco o olhar e sinto que está faltando alguma coisa. Sei lá... um vazio dentro do peito, que teimar em aparecer de vez em quando. Não é dor. Não é tristeza. É como se eu tivesse perdido o meu caminho, e onde estou agora não consigo ver para onde ir. Não me sinto perdido apesar de estar, apenas não desejo ficar parado esperando algum milagre ou algum sonho mostrar, decifrar ou criar meus passos. Não deveria andar sozinho, mas assim é mais fácil e comodo por agora, mas sei que haverei de me juntar aos que caminham de mãos dadas. Talvez essa inquietude que se revela na impulsividade se acalme.

O Lapso

Esperança do Acerto

14 de janeiro de 2010

Se por um momento, um lapso ou pensamento você chegou a imaginar que tudo poderia ser diferente, que os erros não passariam de instrumentos de construção de algo solido, que a beleza de acreditar está, também, em olhar nos olhos sérios e enxergar através dos muros e proteções a verdadeira palavra que estava por vir, é porque na sua intimidade mais profunda e sincera ainda se mantinha a esperança.
Se sempre lutou, do seu jeito, para que as coisas fossem no caminho "certo", é porque acreditava no futuro. Se acreditava, permitia-se ser feliz.
Se sonhou durante todo esse tempo, é porque vive da esperança e das possibilidades infinitas, não se limita.
Bastava a semelhança do respeito para que tudo se alinhasse, mesmo que essa linha desse voltas, tivesse fim ou interrupções.
Basta uma palavra, um sorriso e tudo se acerta no desacerto. Uma gota de esperança.
Se há esperança, há conserto, há acerto e há viver.

O Lapso

Ps.: Se aprende mais com o erro do que com o acerto.

Herói

13 de janeiro de 2010

Durante o dia era uma pessoa normal como qualquer outra. Trabalhava para ter as suas necessidades atendidas, tendo que lidar com todo tipo de situação, e mesmo fazendo o seu trabalho com perfeição nunca havia recebido um aumento, almejava apenas o reconhecimento. Dava atenção a sua família e aos seus amigos, a presteza de ajudar e ser útil era uma tarefa árdua de se cumprir, e mesmo não sendo perfeito esperava gratidão. Se importava com sua mulher, procurava entender seus conflitos pessoais e passar a pouca confiança que conseguia reunir para conforta-la, e mesmo não sabendo como estava indo só queria estar com ela. Após o estudo, e consequentemente no seu tempo livre, tentava se divertir. Às vezes, boas horas de sono eram suficientes, quando não tinha algum filme ou programa marcado. À noite se transformava em um vigia das ruas. Sentia a obrigação de manter o mínimo de segurança no silêncio da escuridão. A curiosidade e a cautela lhe serviam como alimento a sobrevivência noturna, não era a prova de balas. Ao perceber qualquer tipo de anormalidade, não hesitava em corrigir. Ao final da noite esperava o beijo da mocinha que foi salva do delinquente pelo seu Herói puritano. Viveu toda sua vida nessa duplicidade.
Quando o papel se inverte, acredito no Herói que somos no nosso dia a dia. Não é necessário grandes feitos nem super poderes. Fazer uma pessoa sorrir, aguentar e saber lidar com o colega de trabalho problemático, ter paciência com os familiares, conviver com amigos de características diversas, ser simples e complexo, manter o yin e yang em harmonia, ver no olhar da sua mulher amada o brilho do seu olhar e entender que há um infinito dentro de ambos. Compreender que tudo é tão relativo, mesmo sabendo dos seus limites e parâmetros, e que a pequenez do ser humano é não saber mudar, evoluir, melhorar, se aprimorar, aprender...
Não tira férias e não desiste de "salvar" o seu mundo e as pessoas que estão nele. Esse é o meu Herói. É nele que tento me inspirar. Um entre milhões. Apenas um que segue suas próprias ideias e não deixa se influenciar pela palavra/opinião de outros. Tem a coragem e determinação para passar a sua mensagem de paz e amor.

O Lapso

Mais Corda

10 de janeiro de 2010

Alguém deu corda e o brinquedo saiu andando, cambaleando, para frente. Era um brinquedo pequeno, de uma simplicidade única e natural. Surrado de tanto (mau) uso pelo seu possuidor, e mesmo depois de tanto desgaste, ainda mantinha sua graça. Não tinha controle sob seus atos, e a direção que tomava dependia dos caminhos que lhe foram apresentados. Faltava a capacidade de construir, tinha problemas e defeitos como qualquer outro brinquedo, mas um dia foi presente embrulhado no papel grosso e sem cor, sem cartão de apresentação ou qualquer outra palavra inteligível. Pode proporcionar, ao menos, um momento agradável para alguém.
O barulho que ganhara com o tempo, ora inaudível a certos ouvidos, provinha da sua capacidade de sentir. Era um brinquedo, e suas engrenagens enferrujadas se encaixavam perfeitamente, permitindo a percepção de todo um conjunto mal avaliado. Seu valor, entretanto, era imensurável.
Adaptava-se a qualquer situação, assim procurava a felicidade até nas dobras da vida, e acreditava que a corda que o impulsionava não teria fim. Conseguia sorrir até depois de tombar. Um sorriso tímido, verdadeiro, que lhe enchia de esperança. Um brinquedo que incrivelmente não era brinquedo. Parecia a própria vida, mas com ela não se pode brincar, ainda que existam aqueles que são ousados e deixam a vida passar, deixam a pureza fugir e (....) secar. Pura ilusão. A loucura tem o seu limite. Era brinquedo independente por um momento, ilimitado.
Depois de dar corda, não importava a sua vontade. A sequência de acontecimentos era o que chamava de "seguir" e a força que lhe era necessária, era dada, também, sem a sua vontade e às vezes sem o seu conhecimento, enquanto a corda diminuía de tamanho. Repentinamente parou de andar.
Só precisava de mais um pouco de corda. Precisava da sua vida.

O Lapso

O Medo da Coragem

8 de janeiro de 2010

O medo não era uma de suas características. Não fazia parte da sua vida, mas aprendeu que nem sempre é possível bater de cara com o chão, às vezes pode machucar. Vivia da coragem que tanto prezava, mas esta não deixou de fazer parte do seu cotidiano. Tudo que desejava e conseguia, tinha que ser com muita luta e coragem. Já era ingrediente básico para todas as receitas da sua vida.
Descobriu que não tinha qualquer medo, apenas o medo da coragem. Aquele que impulsiona nossas legitimas vontades. Estas que escapam dos pesos, dos julgamentos, da censura e consequentemente de todos os outros medos. Como diria um velho conhecido nosso: "foi sem querer, querendo.". É nesse não querer que nos enganamos. Enquanto aquela vontade legitima estiver viva e pulsante dentro de nós, tudo poderá escapar uma hora ou outra. Não tem jeito, foge ao controle. Não há como encenar vinte e quatro horas por dia, pior, não há como encenar na frente de um espelho.
Ele se preocupava com sua imagem borrada, se preocupava mas não queria assumir. Não sabia como consertar as coisas e nem sabia se tinha conserto. Entendeu que nenhuma condição deve ser cumprida e que não existe receita pronta para a felicidade, tudo se constrói no momento das escolhas, no momento em que rabiscamos alguma coisa em um pedaço de papel, mesmo que este não esteja mais em branco. Entendeu que o ponto final não lhe cabe, porque sua vida ainda não chegou ao fim.

O Lapso

Mergulho

6 de janeiro de 2010

Basta um sorriso de felicidade. Então tudo que era impossível tornou-se possível. As cores se avivaram e permitiram aquela sensação de surpresa. Como se o branco da neve torna-se o cinza da nuvem mais bonito. Mas era o mesmo cinza de sempre.
Naquele dia a piscina lhe chamava. Nem era o melhor dia para um banho, fazia muito frio e a noite passada arrancou algumas folhas, que agora descansavam na superfície cristalina, quase espelhada. A vontade do banho era maior do que o frio que sentira e mesmo sabendo das consequências que poderiam surgir, como alguma moléstia grave, após o banho, tinha certeza que ali repousava a sua felicidade. Adorava como a água preenchia todo o espaço a sua volta. Sem pressa e ignorando todos as pessoas presentes na casa e no jardim que cuidava com tanto carinho, vestiu seu traje e pensou: então darei meu mergulho sorrindo.
Claro que antes de mergulhar, teve que ouvir todo o tipo de indignação e mais, teria de vencer seu medo de se afogar e criar coragem para pular, ali estava o ultimo segundo antes da sua decisão. Queria alguém para lhe empurrar e então tudo seria mais fácil.
Sabia que em algum lugar, alguém havia de pensar como ele. Louco como ele e só assim feliz com ele. Sabia que o mergulho é essencial para se viver uma grande loucura.

O Lapso

Ler, reler, reler, reler...

5 de janeiro de 2010

Eu que sempre achei lindo e desafiador interpretar as palavras, dando vida aos seus significados dentro do contexto em que estão inseridas, descobrindo infinitas possibilidades e os mistérios que estão por trás delas, às vezes necessito ser preciso, quase cirúrgico e muito limitado. Uma palavra errada muda o sentido de toda a frase. Uma frase errada muda todo o texto. O texto errado induz o leitor a outra interpretação não querida. Como se não bastasse a quantidade de fatores que podem induzir o leitor a uma interpretação diferente. O leitor é livre para interpretar da maneira que desejar, mas e quando queremos que o leitor sinta o que sentimos quando estamos escrevendo aquelas palavras? Dá um arrepio só de pensar em conseguir tal proeza.
Eu que já li uma única frase varias vezes só para poder entender todos os seus significados, e ainda assim não pude decifrá-la. Com o passar do tempo, percebo que o verdadeiro escritor é aquele que não deixa rastros do “ser”, fazendo com que o leitor imagine-o perfeitamente sem o conhecer. Devo dizer que ler reiteradamente não é defeito, ao contrário, até o que está claro pode ser lido novamente até que encontremos o sentido que queremos (ai está o defeito). Então cada novo texto pode ser tornar um novo vicio.
É por isso que anseio por textos que falem por si só ou por alguém me ajude a ler para poder entender, ao menos, a intenção do autor. Eu só sei ler alguns gestos e estou literalmente sem coragem para ser eu mesmo (esta me foi arrancada com o tempo). Continuarei lendo e acreditando nos sonhos...

O Lapso