Todo caminho leva ao mesmo lugar.

4 de fevereiro de 2012

Cada um tem seu jeito, suas maneiras e manias. Cada um e não um só. Eu que sempre preferi observar mais do que falar, cheguei a conclusão de que, ainda assim, falo demais. Mesmo que apenas em meus pensamentos, deixo transparecer nas mais sinceras expressões faciais, palavras que, na maioria das vezes, como são impublicáveis, escapam num lapso inconsequente, bastando apenas um pouco de atenção para perceber o quero, ou não, dizer.
Não espero o efeito das palavras, apesar de colocar efeito nelas, mas também não desejo que o efeito delas virem ao avesso de tal forma que eu possa me arrepender de qualquer coisa dita ou não dita. Quase sempre o rumo tomado, mesmo que o contrário seja desejado, leva ao mesmo fim, lutar contra é a mesma coisa que remar contra a corrente, permanecer inerte.
Talvez aceitar o fim, ao qual lutamos com braveza e perseverança através várias tentativas para escapar, seja a maior ajuda que nós podemos dar a cada um, que não é um só, mas que em dois tentaram ser. Então as palavras individualidade, cada vez mais explícita, e metamorfose, por enquanto indesejada, são as palavras da vez. Quando tudo não puder ser transcrito dos pensamentos, então não haverá mais nada a ser pronunciado.

O Lapso.