Força

25 de março de 2010

Quem acha que pode tudo e que sempre estará disposto a enfrentar qualquer coisa, não andou por onde andei. Não lutou pelo o que eu lutei. Não sonhou o que eu sonhei. Não construiu o que venho tentando construir. Com certeza não viveu o que eu não vivi. Se parei na metade do caminho, não foi pela queda, não foi por não querer seguir em frente e insistir no caminho. Não foi por achar que a batalha estava perdida. Foi porque o próximo passo era muito largo para a força que sobrou.

A ajuda, que nessa hora viria como um copo d’água num deserto, se acomodou e pacificou. Tornou-se palavras com sentidos e sentimentos, mas apenas isso. Não saberia dizer quem precisava de ajuda naquele momento, mas uma coisa era certa, a força se renovaria e a possibilidade de continuar a crescer e seguir em frente seria mais uma vez uma realidade.  Se na nossa vida tivéssemos um despertador do tempo, para nos dizer quando devemos fazer ou não fazer alguma coisa, quando estamos prontos ou não, não sobraria tempo para pensar.

Sem saber que já tinha tudo para dar um passo largo e chegar ao outro lado, que poderia arriscar, ficou inerte, pensando e criando o medo. Seria necessário, agora, uma mutação de tudo que passava pela sua cabeça. Uma transformação completa e uma ajuda plena. Estava tudo tão cômodo e fácil. se continuasse assim, mas o dificil é conquistado e valorado. Alguma coisa deveria acontecer para que despertasse a vontade em partir a mais uma vitoria. Mesmo que tudo indicasse que o rio deve apenas correr em uma só direção, não significa que temos que segui-lo. Nós mesmos podemos intervir no caminho que estamos a trilhar,  mas sozinho não tenho forças para ter uma atitude e vencer o medo que surgiu aos poucos, mas que tornou-se uma base capaz de sustentar uma tragédia. Mas tenho fé e acredito no que fomos e somos capazes de fazer por saber da grandiosidade de cada um. Aqui a matematica se rende a um proposito maior. Eu acredito, não perdi porque a força nunca deixou de existir.

O Lapso

Oat Hair

13 de março de 2010

Your oat hair,
Jeans and red leather coat
Swimming in a boat
Through my heart seas

Floating into the veins
Of my brains
Do I even need to complain?
For a reason to be insane?

A rebel without a cause
Turning upside down
What once was my house

Look into my eyes
Like they were your blue sky
Flay away, lat’s jump from today
Go to the time that I’ll be able
To say
- I’ve no regrets
About the time we’ve past!

Rafaela N Franco

Vai e volta.

11 de março de 2010

Na nossa dinâmica da vida aparentemente sem lógica, damos um ponto aqui. Continuamos escrevendo, construindo nosso texto, até que finalmente damos outro ponto ali. Perdermos algumas vírgulas pelo caminho, achamos algumas travessões nos cantinhos, até que chegamos ao suposto ponto final. Então de repente tudo vira pó. Só para saber que ainda podemos construir nosso castelo de areia com o pó que sobrou e esperar pelas reticências...
Se comemos em excesso, engordamos. Se deixamos de comer, morremos. Procuramos o equilíbrio para sobreviver, desejamos o peso ideal das relações. Perceba que o problema não é a comida. O problema está na importância que damos a ela, nas escolhas que fazemos, e nas consequências dessas escolhas. Escolhemos comer demais, deixar de comer ou sobreviver. Tudo isso está, de certo modo, conectado. Aqui não se espera as melhores, nem as piores escolhas. Não temos que acertar nem errar, mas saber o que estamos fazendo.
Então se há faltas - e aqui falta em ambos os sentidos: culpa e ausência -, houve escolhas certas ou erradas, mesmo que o “não fazer” seja no mínimo uma escolha do inconsciente. Nada mais puro que o nosso inconsciente, nele se perfaz nossa culpa e o peso das escolhas. Nessa hora o consciente faz a parte dele para mostrar que somos egoístas em pensar apenas no nosso bem estar e o resto "ahhh".
E quando não há permissão? Tudo vai sendo atropelado por escolhas e escolhas e pontos e vírgulas e pensamentos e dúvidas e... eu sei onde vai parar, e já fiz minha escolha. Eu não joguei com cartas marcadas e nem pedi para jogar um jogo idiota que nunca existiu, pelo contrário, fui sincero, natural e verdadeiro - diferente. Fui forte até onde me foi possível, porque meu sangue, por dentro, nunca será frio e sempre vermelho. Acreditei até o momento em que perdi a esperança, mesmo que tudo já tivesse perdido e nada estivesse definido. Mesmo sem limites, parei na desistência infundada, mas ainda assim desistência. Nada é o que parece ser, então tudo de repente ficou inconfortavelmente subentendido, mas nunca estarei sozinho. Basta que a gente veja um pouco a frente do agora. A dinâmica vai e volta e vai e volta... tolo é aquele que não sabe disso. As palavras agora são apenas desculpas e desculpa.

O Lapso

Data venia

2 de março de 2010

Preciso de algo para acreditar, qualquer sinal que me faça perder o olhar e depois vê-lo brilhar. Qualquer gesto singular e particular para que eu possa parar de pensar. Por que pensar é bloquear qualquer forma de expressão que eu não queira mostrar. Tive medo de arriscar, ensaiei uma cena dramática, tão natural quanto o tocar, mas não pude recorrer sem saber o que vem de lá. Às vezes não presto atenção nos detalhes, sou egoísta e desatento, mas me subestimar é pedir para atentar. Preciso apenas acordar, só então conseguirei ver as cores das flores e ouvir o canto dos pássaros, que na sua beleza própria são livres para ser o que desejar. De todos os caminhos que estou a trilhar, só penso naquele que quero cruzar. Em paralelo não me serve, então calo se desejar. Uma preocupação a mais pela distancia que tenho receio em tomar, nunca por querer assim. Mais feliz eu serei um dia em que em mim possam acreditar e confiar.

O Lapso