Não sei se me vejo em você ou percebo um pouco de você em
mim, há uma confusão de identidades ou apenas uma confusão. De todo modo,
consigo entender melhor o passado vivendo o presente.
Sinto na pele a pressão
que um dia você sentiu, não tenho palavras para descrever a sensação que corrói
meu ser, e como alhures já havia constatado, viver é difícil, mas não pouco
difícil. Aprender a viver é tão difícil quanto ensinar o velhinho de barba mais
branca que a neve, que sempre usou sua máquina datilográfica, a usar aquele
computador cheio de novas funções e atalhos. Como saber se morango é morango sem nunca ter provado da fruta? Para ser mais claro, resta acreditar no desconhecido até conhecê-lo, dar-te um nome, e o nome dele todos sabem, mas nem todos conhecem. É fácil chamá-lo.
Eu me condeno, mesmo sendo caso à parte. Sou culpado, assumo. Assumo a minha culpa com toda minha coerência que usei um dia para condenar. Sinto-me desfigurado, desconcertado, aturdido ou qualquer outra palavra que possa definir minha perdição, desonra ou amoralidade.
Eu me condeno, mesmo sendo caso à parte. Sou culpado, assumo. Assumo a minha culpa com toda minha coerência que usei um dia para condenar. Sinto-me desfigurado, desconcertado, aturdido ou qualquer outra palavra que possa definir minha perdição, desonra ou amoralidade.
O Lapso.
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