Faço das minhas palavras, docemente pronunciadas pelos cantos da boca, destoando aos ouvidos dos mais incrédulos, pequenas doses de um vício que procura suprir a falta de uma concatenação de ideologias. Uma autofagia que cada vez mais se torna impossível sustentar.
Consome a alma, a falta de contestações. Aquela, que tanto necessita das interrogações, não pode contentar-se apenas com pontos finais ou migalhas e segue na busca de outras palavras que promovam um acalanto capaz de prover um vazio criado por uma involução.
Falta o principal alimento, aquele capaz de manter em pé a vontade bela e ao mesmo tempo tão extraordinária de admirar, não que os demais alimentos sejam insignificantes, cada um deles atuam com perfeição a sua função, mas o principal seduz. Diferente de uma sedução física resistível, o que se preza em uma contestação e o que a faz irresistível é a forma como sua inteligência consegue formar uma razão imperceptível e impensável. A grosso modo, a sensação da descoberta do novo que ludibria ou anestesia a alma.
É como se faltasse a conversa com o próprio autor do livro lido, mesmo que apenas no imaginário. É simplesmente um sentimento indescritível de falta e encontro ao mesmo tempo, senão seria apenas mais um pedra pelo meio do caminho. Alimento minh'alma das mais divesas maneiras à procura do meu ser e do encontro dos meus fracos princípios que pouco sustentam minha autofagia. É indubitavelmente ininteligível e resta pena aos que se monstram na mesma situação.
"A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte..."
O Lapso
Alimento Minh'alma.
24 de agosto de 2011
Criado por
Bruno Bello
às
00:34
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