8 de maio de 2010
























O Mar
Já fui o mar primitivo.
Que moldado, pelo fogo e a vida, passei por um processo evolutivo.
Já fui o mar, onde deságua a foz de muitos rios.
Carregando segmentos de suas curvas ou a força dos planaltos.
Já fui o mar do norte, com águas frias e repletas de vida.
Já fui o mar revolto.
Que com a fúria da correnteza, afogava sem fim.
Já fui o mar do descobrimento.
Levando até mundos e emoções desconhecidas.
Hoje sou o mar de uma baia, que de tão sereno lembra um lago.
Porém não estou limitado como um lago, pois me renovo com a maré.
As pedras que batem no espelho d’àgua decantam pacificamente até o fundo.
Nesse lapso observo com a perícia de muitos naufrágios e as conduzo até seu leito.
Não é o fundo do poço, é o fundo do mar.
Sou azul não pela minha essência, mas pelo reflexo do céu.
Mas como uma nuvem ligeira, vou pelos mares do mundo.


Observação: O nome Nuvem Ligeira não foi escolhido aleatoriamente. Representa uma parte de mim, mas não de você.

Como de costume essa foto foi tirada por mim no município de Serra Grande, próximo a Itararé-Bahia

1 Reações:

Bruno Bello disse...

Só não entendi o pq da observacao...