Paródia

23 de maio de 2010

A música tocou, em sua forma clássica, no seu exato compasso e suas devidas pausas. Eram apenas pausas para que a respiração voltasse ao normal. Momentos em que diminuíam o volume para poder dançar conforme a melhor música. Ali regia o compasso dos seus corações numa inimaginável sincronia.
A música já não fazia tanta diferença nessa hora, o que importava era a letra que foi composta por um dos corações apenas. Não sobrava espaço para dois corações no mesmo ritmo. A coreografia inevitavelmente era diferente e não havia ajuste possível. Erravam passos básicos no vai e vem angustiante.
Era apenas uma paródia da música que ainda viria a ser inventada. Composição na medida certa para reger o que há de melhor e pior.
Quero o G do amanhã, deixar apenas o E para ontem, porque hoje só tenho C. A paródia me faz rir e sorrir. Por que a música que tocou de verdade só começou a ser ouvida, agora, por mais de um sem espaços para composições, é a melhor parte do improviso.

O Lapso

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